Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

ONGs ambientais prestam contas para deputados

Redação - Folha do Paraná
17 abr 2001 às 15:43
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Parlamentares da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa reuniram-se nesta terça-feira com representantes de organizações não-governamentais ligadas à ecologia. Pela primeira vez, as entidades foram chamadas para prestar esclarecimentos sobre as doações recebidas e os investimentos feitos em áreas de preservação ao meio ambiente.

Estavam com os deputados os representantes da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da Sociedade de Pesquisa à Vida Selvagem (SPVS) pode ter marcado o início dos trabalhos em conjunto entre parlamentares e Organizações Não-Governamentais (ONGs).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Foram apresentados os resultados das auditorias feitas pelo Ministério Público nas duas entidades. O relatório da Fundação O Boticário demonstra um saldo total em 1998 de R$ 823,3 mil. As doações recebidas somaram R$ 1,5 milhão e os investimentos em projetos chegaram a R$ 264,6 mil. A Fundação também tem gastos com o pagamento de salários (R$ 77,8 mil), impostos (R$ 2,3 mil) e despesas bancárias (R$ 80 mil).

Leia mais:

Imagem de destaque
Segundo colocado do Brasil

Paraná é recordista na exportação de bacon em 2023

Imagem de destaque
Assista ao vídeo

Filhote de onça é devolvida à natureza após ser resgatada de árvore de 20 metros no PR

Imagem de destaque
Situação de emergência

Com objetivo de monitorar e combater incêndios, Paraná usa dados do INPE e da NASA

Imagem de destaque
Incluem o Norte do PR

Pedágio: ANTT aprova os editais de concessão dos lotes 3 e 6 das rodovias do Paraná


O balanço foi explicado detalhadamente pelo diretor técnico da Fundação O Boticário, Miguel Milano. "Os recursos são controlados pelo Banco Central e fiscalizados pelo Ministério Público. Temos um trabalho transparente", defendeu ele. Nos dez anos de atividades da fundação foram investidos em 707 projetos, num montante de recursos que somam R$ 8 milhões. Deste total, 20% dos investimentos foram feitos no Paraná.

Publicidade


Um dos mais significativos foi a compra da área de 2,5 mil hectares do Salto Morato. "É uma reserva modelo. Gostaríamos de ter uma reserva modelo em cada região do Brasil. Mas este é ainda um sonho distante. Precisamos de recursos para preservação da área", destacou Milano. Questionado se na reserva serão feitos estudos científicos sobre cosméticos ou perfumes, Milano foi enfático. "Não temos qualquer vontade de fazer pesquisa científica em área de preservação ambiental. São coisas distintas. Não irá ocorrer", salientou.


A SPVS foi questionada pela compra de um terreno de 7 mil hectares em Guaraqueçaba, numa área de preservação ambiental. "É uma área de preservação, mas que estava sendo depredada", afirmou Clóvis Borges, diretor executivo da ONG. A entidade teve as contas auditadas pelo Ministério Público, que não encontrou qualquer indício de irregularidade. "Sabemos que as entidades estão sob suspeita porque recebem doações. Mas achamos salutar esclarecermos. É uma oportunidade de mostrar para as pessoas aquilo que fazemos", relatou.

Publicidade


O deputado Neivo Beraldin (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente, deverá realizar uma visita nas áreas adquiridas em Guaraqueçaba para verificar os investimentos realizados acompanhado pelos demais parlamentares da comissão. "A princípio podem estar havendo desvio de recursos e vamos conferir isto in loco", afirmou. A viagem está marcada para este fim de semana.


Beraldin questionou ainda o fato de os ambientalistas investirem em conservação de áreas de proteção ambiental. "Por que não aplicar estes recursos em esgoto, saneamento básico, água tratada? Deveria haver mais preocupação destas ONGs com a questão social", enfatizou.

Leia mais em reportagem de Luciana Pombo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade