Uma psicóloga que faz parte do corpo clínico da maternidade de Curitiba onde nasceram as trigêmeas afastadas da guarda dos pais, em razão de ter havido rejeição por parte deles, disse à Justiça que o casal não possui "saúde mental" para criar as meninas.
O depoimento da profissional foi uma das principais ferramentas utilizadas pelo desembargador Ruy Muggiati para negar pedido de habeas corpus para que as crianças retornem aos pais. Eles teriam buscado meios para realizar aborto e chegaram a firmar documento para entregar uma das meninas à adoção ainda durante a gravidez.
Pela descrição da psicóloga, publicada no Diário Eletrônico do Tribunal de Justiça do Paraná no dia 14 de março, os dois teriam afirmado que da implantação de quatro óvulos teria resultado fertilização em três. "E destes três bebês os pais afirmam querer apenas duas das três meninas", disse. "Durante o atendimento prestado ao casal, ambos estão de acordo com esta situação, sendo que durante a gestação foram atrás de meios para abortar o terceiro bebê em outros países".
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As meninas nasceram prematuramente no dia 24 de janeiro. A advogada do casal, Margareth Zanardini, disse hoje, por meio da secretária, que "até segunda ordem" não estava autorizada pela família a falar. Durante a semana, ela insinuou que a rejeição de um dos bebês seria um "equívoco" em razão do "estado puerperal da mãe".