Entre todas as praias da extensa costa brasileira, o Litoral paranaense é o que apresenta melhores condições de balneabilidade, conforme estudo feito pela Secretaria de Qualidade Ambiental dos Assentamentos Humanos (órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente), por meio do Projeto de Gestão Integrada dos Ambientes Costeiro e Marinho. Junto do Piauí, Paraíba, Sergipe e Amapá, o Paraná é o Estado que menos lança esgotos urbanos na zona costeira.
O controle de balneabilidade feito pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) confirma o diagnóstico. Apesar da precariedade de atendimento com coleta e tratamento de esgoto, o último boletim, divulgado ontem pelo órgão, identificou apenas três pontos da faixa litorânea do Paraná que apresentam condições impróprias para banho.
Os pontos mais críticos estão em Matinhos, a 100 metros das duas margens do Rio Matinhos e próximo ao Canal Caiobá e, em Guaratuba, a 50 metros da margem direita do Rio Brejatuba, próximo ao Morro do Cristo.
Leia mais:
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
Homem que entrou atirando em bar de Ibiporã é condenado por três mortes e duas tentativas de homicídio
Chuva do fim de semana supera em até 84% a média mensal em regiões do Paraná
De acordo com o coordenador do Verão Paranaense 2001/2002 pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Hamilton Bonatto, o grande problema é a falta de esgotamento sanitário e a falta de consciência por parte da população.
Por não dispor de redes de coleta, muitas pessoas acabam lançando clandestinamente o esgoto nas galerias de águas pluviais que vão conduzir os efluentes domésticos para esses canais e, consequentemente, para dentro do mar.
A qualidade da água é monitorada também em Antonina e Morretes, que estão fora da faixa litorânea. Nessas cidades a situação é mais preocupante, pois em todos os locais avaliados, a água se apresentou imprópria para banho. Foram coletadas amostras da Ponta da Pita, em Antonina, e em três pontos do Rio Nhundiaquara, em Morretes.
Bonatto alerta que a tendência é de o resultado dos próximos boletins, especialmente, depois do Ano Novo, não seja tão animador. Com o aumento do número de pessoas nas praias, a produção de esgoto aumenta e, com isto, é possível que surjam novos locais impróprios para banho nos pontos próximos aos canais.
Leia mais em reportagens especiais sobre o litoral paranaense na Folha de Londrina deste sábado