Seguindo orientação do Governo Federal, o Paraná também está atento para a possibilidade de entrada da bactéria antraz no Estado. O Secretário de Estado da Saúde, Armando Raggio, e o coordenador estadual da Defesa Civil, Luiz Antônio Borges Vieira, anunciaram as ações integradas para monitorar aeroportos, portos, agências dos Correios e prédios públicos. O trabalho envolve as 22 regionais da Saúde, oito da Defesa Civil e as 19 divisões da Polícia Civil.
De acordo com Raggio, a principal recomendação é a de que as pessoas ao encontrarem materiais suspeitos, como pó ou líquidos em embalagens incomuns, acionem imediatamente as autoridades policiais ou da saúde pública. A coleta e acondicionamento de possíveis substâncias contaminantes, explicou o secretário, será feita por equipes treinadas e com equipamentos de segurança. Esses materiais serão encaminhados para os laboratórios do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, e da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Com relação às pessoas que eventualmente tiverem contato com o material suspeito, Raggio disse que elas ficarão sob custódia epidemiológica. Havendo necessidade de tratamento o hospital de referência em doenças infecciosas no Estado é o Oswaldo Cruz, de Curitiba.
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Raggio avalia que a possibilidade de ocorrer antraz no Paraná é mínima. Segundo ele, não existe registro da bactéria no Estado, pelo menos nos últimos 50 anos. O último caso de antraz registrado no Brasil aconteceu no Pará, em animais. "Não existe circulação do germe do antraz aqui no sul", garantiu.
Mesmo com o improvável risco de contaminação por antraz no Paraná, para o coordenador da Defesa Civil, "é importante para a população ter a sensação de segurança". Depois dos atentados terroristas nos Estados Unidos, o órgão preparou um plano de contingência que inclui desde o desencadeamento de ações preventivas, de orientação, até socorro imediato, envolvendo diversos órgãos públicos.