O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Ângelo Vanhoni (PT), esteve nesta sexta-feira em Ponta Grossa em reuniões de apoio à manutenção do curso de medicina na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Na quinta-feira, o governador Roberto Requião (PMDB) anunciou sua intenção de fechar o curso, alegando falta de qualidade no ensino oferecido e a necessidade de investimentos elevados que poderiam ser canalizados para outras instituições.
O reitor da UEPG, Paulo Godoy, disse que um argumento considerado forte a favor da manutenção do curso é a parceria com a prefeitura para implantação de um hospital regional universitário.
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Dessa forma, não seria necessário construir um hospital, conforme previsto no projeto original, o que reduziria drasticamente a necessidade de investimento no curso.
Além disso, a implantação da casa hospitalar viria de encontro com a proposta da Secretaria Estadual de Saúde de implantar hospitais regionais em todo o Interior.
''Ponta Grossa tem hoje um déficit de aproximadamente 200 leitos de internação e 43 leitos em Unidade de Terapia Intensiva'', informou o reitor.
Com o hospital regional universitário seriam criados mais 127 leitos de internação, 10 de UTI para adultos e seis leitos de UTI pediátrica.
''O Estado atenderia a necessidade do setor de saúde e equiparia o curso, sem aumentar seus custos'', defende o reitor.
Os estudantes do curso estavam nesta sexta-feira, segundo Godoy, bastante intranquilos.
A orientação da universidade era para que eles continuassem assistindo aulas normalmente, porque não havia nada oficial sobre o cancelamento.
A reitoria aguarda o retorno do governador, que nesta sexta-feira estava em Córdoba, Argentina, para retomar as negociações.