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Periferia carente é problema comum na América Latina

Redação - Bonde
16 abr 2002 às 15:02

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Fórum de Desenvolvimento Sustentável da América Latina e Caribe reúne representantes de 12 países - Divulgação
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O processo desordenado de urbanização e o surgimento de comunidades carentes nas periferias dos centros urbanos são um problema comum às cidades latino-americanas. Esta situação foi comprovada durante o Fórum de Desenvolvimento Urbano Sustentável, que está sendo realizado no Parque Barigüi, em Curitiba.

Luiz Antonio Zapata, prefeito da cidade de Correjidora, no México, foi um dos administradores que manifestaram preocupação com relação à falta de planejamento da cidade. A situação do seu município é, segundo ele, extremamente preocupante.

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Correjidora, de acordo com Zapata, enfrenta o problema do crescimento acelerado. Nos últimos dois anos, a cidade vem crescendo a uma taxa de 14% ao ano, passando de 75 mil para 100 mil habitantes. "Não há planejamento que resista a este processo", disse ele.

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Com isso, a cidade tem que resolver em caráter de urgência questões como o abastecimento de água, que é extremamente crítico na região onde está localizada Correjidora. Uma das soluções que está sendo estudada é a criação de parques, a exemplo do que foi feito em Curitiba.

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"O nosso desejo é estabelecer um tratado de cidades irmãs e adotar em Correjidora algumas soluções urbanas de Curitiba", disse Zapata.


Para Miguel Azcueta Gorostiza, da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Produtivo da Região Metropolitana de Lima, não existe desenvolvimento sustentado sem desenvolvimento social. Por isso, segundo ele, está sendo desenvolvido em Lima um projeto de combate à pobreza, numa das comunidades mais carentes da cidade, a Vila El Salvador.

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A ênfase do projeto é, segundo Azcueta, a geração de emprego e renda para a população local. A Vila concentra uma população de 400 mil habitantes e com o projeto está conseguindo melhorar seus indicadores econômicos nas áreas de saúde, educação, saneamento e infra-estrutura urbana.


A falta de planejamento e a pressão pela urbanização afeta até países como Cuba. De acordo com Pedro Antonio Rosell Uchoa, coordenador de projetos da agenda 21, da cidade de Bayamo, o crescimento desordenado está trazendo ao município problemas como poluição dos rios, criação de áreas de inundação e falta de saneamento e infra-estrutura urbana.

A cidade tem 140 mil habitantes e está realizando uma experiência de renovação urbana no bairro do Rosa, onde cerca de 50% das moradias são construções irregulares. O objetivo da intervenção é melhorar a qualidade de vida da população e reforçar a rede de serviços públicos.


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