Os integrantes do Movimento dos Atingidos da Petrobras (MAP) se encontram nos próximos dias com a direção da estatal, em São Mateus do Sul, para entregar e discutir a pauta de reivindicações dos moradores que terão suas casas desapropriadas pela empresa. A Petrobras quer ampliar sua área de exploração de xisto na região e começou a negociar com a população local.
Entre as exigências do MAP está a garantia de acesso, por parte da Petrobras, a todas as famílias que ficarão próximas às áreas desapropriadas, através da manutenção e recuperação de estradas.
Além disso, a área mínima de segurança terá que ser de mil metros, com vistorias nas propriedades próximas para a redução do impacto provocado pelas explosões. "No último mês foram registradas rachaduras nas casas provocaas pelos frequentes tremores que acontecem nas áreas de mineração", disse um morador da região que prefere não se identificar.
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O documento que será entregue pelo movimento também ressalta a importância da negociação coletiva. De acordo com a proposta, a Petrobras deverá reconhecer o MAP como representante dos moradores que terão áreas desapropriadas, com garantia de assistência médica para todos durante o período de mudanças.
Com essas reivindicações, que incluem garantias de transporte, segurança e um prazo de 365 dias úteis para quem aceitar as condições da empresa e precisar deixar a cidade, o MAP quer evitar erros, segundo seus integrantes, ocorridos em recentes desapropriações. "Muitos trabalhadores não conseguiram locais para morar e acabaram ficando em favelas, sem nenhum auxílio social e na mais completa pobreza", concluiu um integrante do movimento.