Paraná

Por falta de pagamento, funcionários da TCCC de Maringá têm atividades paralisadas

08 fev 2021 às 17:15


Maringá amanheceu sem transporte público na manhã desta segunda-feira (8). A paralisação dos funcionários da TCCC (Transporte Coletivo Cidade Canção), responsável pelo transporte coletivo municipal, e Cidade Verde, que faz linhas metropolitanas, deu-se após atraso no pagamento integral dos salários em fevereiro.

O diretor-executivo da TCCC, Armando Roberto Jacomelli, justificou os atrasos devido à perda de capacidade financeira em virtude da diminuição de passageiros, consequência das medidas de isolamento da Covid-19. "Desde março do ano passado, a queda a demanda em Maringá foi muito acentuada, chegando a apenas 45% do que tínhamos antes. Passados quase onze meses, não tivemos um posicionamento claro dos órgãos públicos e, neste mês, pela primeira vez, não tivemos verbas para cumprir com o pagamento integral da folha", afirma.


A Prefeitura de Maringá entregou duas notificações para a empresa de transporte coletivo. A primeira solicita que a TCCC mantenha o percentual mínimo de 30% da frota regular de ônibus à disposição da população, conforme determina a legislação que regulamenta movimentos grevistas em serviços essenciais. A segunda solicita que a empresa apresente documentos comprovando sua capacidade econômica e financeira de operar e atender com qualidade às necessidades dos usuários do transporte público.


Em nota, a prefeitura ressalta que a TCCC deve ter uma gestão financeira adequada e não pode se colocar em posição de dificuldades que comprometa o atendimento à população. "Estamos sendo diplomáticos ao notificar a empresa e procurar entender seu modelo de gestão para analisarmos. O que queremos é que a empresa atenda o que o contrato de concessão e o que a legislação determinam”, explica Marcos Cordiolli. Secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação da Prefeitura de Maringá.


Jacomelli afirma que a empresa prestará os esclarecimentos no tempo estipulado e que, quanto à frota mínima, os esforços são para que volte 100% do funcionamento até terça-feira (9).


O Bonde tentou contato com o Sinttromar (Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Maringá), mas não obteve resposta.

*Sob Supervisão de Luís Fernando Wiltemburg


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