Neste sábado, apenas seis funcionários da Bioserv Produtos Químicos trabalhavam na retirada dos produtos que vazaram, na manhã de sexta-feira, no quilômetro 690 da BR-376, na Serra do Mar, na região de Guaratuba, Litoral do Estado. Nove mil litros de ácido sulfônico, 2 mil litros de soda cáustica, 2 mil litros de sulfato de amônia e 2,4 mil quilos de ácido clorídrico sólido vazaram de um caminhão da empresa, depois do motorista perder o controle e tombar num barranco.
Juracy Araújo Coelho, um dos 12 fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que acompanhavam o trabalho, afirmou que o órgão já tinha notificado a Bioserv, exigindo aumento do contingente. "Seriam necessários, pelo menos, 20 homens". Ainda assim, o técnico estima que a limpeza levará de uma semana a dez dias.
O acidente ambiental foi gravíssimo na avaliação do IAP, pois atingiu os rios Santa Clara e São João, considerados de classe 1 (de água potável, próprios para abastecimento). Técnicos do IAP estão fazendo coletas de água em vários pontos para avaliar se os produtos estão se diluindo ao longo dos rios.
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O Rio São João desemboca na Baía de Guaratuba, mas os técnicos não acreditam que o material chegue até lá. A distância do ponto de derramamento até a baía é de aproximadamente 24 quilômetros. Só com o resultado das análises, que segundo Coelho deve levar cerca de dez dias para ficar pronto, é que o IAP estabelecerá o valor da multa.
O acidente aconteceu por volta das 8 horas da manhã de sexta-feira. O motorista do caminhão, Valdecir Pedro Oliveira, 28 anos, que vinha de Londrina, morreu na hora.
Leia mais em reportagem de Andréa Lombardo, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste domingo