O Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), da Secretaria da Saúde, liberou nesta quinta-feira (13) para todo país quatro mil doses do soro antiloxoscélico, para tratamento de acidentes causados por aranha-marrom (laxosceles). O soro será distribuído pelo Ministério da Saúde a todos os Estados brasileiros. O lote está em fase final, já foi rotulado e envasado e aguarda o último teste de controle de qualidade.
"A quantidade é suficiente para atender as necessidades epidemiológicas de todo o país, conforme a demanda dos Estados e municípios, principalmente durante o verão, quando a incidência de acidentes é maior", afirmou o diretor-geral do Centro, Rubens Gusso.
Localizado na mesma área do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, o CPPI é destaque nacional na produção do soro e desenvolve uma pesquisa pioneira e completa sobre a aranha-marrom. Ele também é conhecido nacionalmente por desenvolver antígenos, anti-soros e insumos para auxílio diagnóstico, veneno padrão de animais peçonhentos e animais de laboratório, o que faz com que também forneça ao Ministério da Saúde, em escala nacional, mais três produtos: Antígeno de Mitsuda, para o diagnóstico da Hanseníase; Antígeno de Montenegro, para o diagnóstico da "Leishmaniose Tegumentar Americana" e Soro Antibotrópico para acidentes causados por serpentes do gênero
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Criado em 1987, durante uma grande crise brasileira de falta de soro, o Centro de Produção e Pesquisas de Imunobiológicos tem parcerias com diversas universidades e instituições brasileiras.
A alta incidência de mortes por acidentes de picadas de cobras decorrentes da pouca disponibilidade de soros antiofídicos, a ausência de oferta, por parte da iniciativa privada de alguns produtos usados para diagnóstico de doenças infecciosas e parasitárias nos laboratórios de saúde pública e nos hospitais universitários, levou a implantação também da produção de antígenos, anti-soros e insumos.
Aranha - Embora o número de acidentes com animais peçonhentos, principalmente com aranha-marrom, seja maior no verão, o animal pode estar presente nas casas o ano inteiro, por isso o trabalho de prevenção é feito continuamente. Neste ano já foram notificados 2,6 mil casos de picada por aranha-marrom no Paraná, a maioria ocorreu na Região Metropolitana de Curitiba.
A Loxosceles, nome científico da aranha-marrom, habita locais escuros, quentes e secos. Pode ser facilmente encontrada em residências, principalmente em armários, atrás de quadros e em objetos que tem pouco manuseio. No ambiente externo, a localização mais freqüente é em meio a telhas, materiais de construção e restos de madeira.
As principais formas de combater a proliferação do animal são manter limpo o domicílio e inspecionar os objetos característicos citados. Também é importante vedar frestas e buracos nas paredes e janelas, não pendurar roupas e toalhas de banho em paredes e manter os armários limpos igualmente.