Pracinhas que lutaram na Segunda Guerra Mundial se encontraram na Praça do Expedicionário, em Curitiba, para relembrar os anos que marcaram a vitória dos Aliados contra os países que compunham o Eixo, liderados pela Alemanha. De acordo com dados históricos, foram quase 19 milhões de mortos (além de cinco milhões de judeus) no período entre o dia 1º de Setembro de 1939 (quando exércitos de Adolf Hitler invadiram a Polônia) e 8 de maio de 1945 (quando os exércitos alemães se renderam), somente do lado dos países aliados. E outros 8,4 milhões dos exércitos opositores.
Um dos combatentes brasileiros na Segunda Guerra Mundial foi o ex-militar Benedito Amaro de Sousa, de 77 anos. Patriota, ele se apresentou como voluntário para a Força Expedicionária Brasileira (FEB), em 1943. "O que me motivou a ser voluntário foi o amor à Pátria. Eu queria vingar os mortos. Tinha sede de vingança", disse ele, ao lembrar dos brasileiros que teriam sido mortos em navios na costa do Atlântico.
O Brasil mandou 25,3 mil homens e 76 enfermeiras para a Itália. "Fomos treinados por americanos. Tivemos que passar por exames de saúde e desembarcamos em Nápolis", relembra. O frio era rigoroso. A alimentação era tipicamente americana. "A comida era meio doce, estranha. Com o tempo nos acostumamos", relatou.
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O ex-combatente brasileiro é vizinho de um inimigo. Pelo menos, de guerra. Gennaro D" Stefano, de 79 anos, foi convocado para a guerra no dia 12 de janeiro de 1942. Ele embarcou para a África do Sul e não tem lembranças felizes. "Era uma causa péssima, uma guerra muito pesada", contou.
Ele foi capturado pelo exército inglês no dia 12 de novembro de 1943 e permanceu preso no poder dos inimigos até 1946. "Ficamos num campo de concentração. Prisioneiro é prisioneiro. Não tivemos qualquer tipo de liberdade", afirmou. Com ele, ficaram outros 200 italianos presos de guerra.
Leia mais em reportagem de Luciana Pombo, na Folha do PAraná/Folha de Londrina desta quarta-feira