Paraná

Primavera na Grande Curitiba será marcada por seca

28 set 2020 às 11:21

A Primavera na Região Metropolitana de Curitiba será marcada por poucas chuvas, o que confirma a necessidade do uso da água de forma cada vez mais econômica. Modelos climáticos do International Research Institute for Climate and Society da Universidade de Columbia (iri.columbia.edu/) indicam que nesta estação as chuvas estarão abaixo da média histórica para o período. Esse cenário deve se somar ao déficit hídrico de 618 milímetros, já registrado de junho de 2019 a agosto de 2020.


O coordenador da Operação Meteorológica do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Marco Antônio Jusevicius, explica que nos últimos meses grandes bloqueios atmosféricos impediram a passagem de frentes frias que são responsáveis pelas chuvas. "O verão já foi seco, com pancadas de chuva, sem regularidade.”


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Ele afirma ainda que as anomalias negativas de chuva devem predominar em toda a Primavera e no início do Verão. Além da irregularidade das chuvas, os dias quentes elevam a evaporação agravando o cenário. A partir de janeiro, as previsões são de mudanças mais significativas para a Região Metropolitana de Curitiba, quando são esperadas chuvas acima da média.


"Se for confirmado este cenário, isso pode levar a um princípio de recuperação sustentada do déficit de precipitação que verificamos nos últimos 18 meses no Estado do Paraná”, afirma o meteorologista. Isso ocorre, segundo ele, no mesmo período em que o episódio de La Niña começa a enfraquecer. "Esse cenário deve ser acompanhado com cautela, pois corresponde à época do ano em que a precipitação média é esperada para aumentar naturalmente.”


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Marco Jusevicius ressalta ainda que, para a recuperação dos níveis de reservação das barragens, as chuvas devem ser regulares e ocorrer ao redor dos reservatórios. "Como a estiagem perdura há meses, as chuvas, primeiro, vão encharcar o solo para depois a água escoar para as superfícies de córregos e rios que irão abastecer os reservatórios”, explica.

"Infelizmente, os piores cenários de estiagem vêm se confirmando. A normalização no abastecimento passa necessariamente pela recuperação dos níveis das barragens, o que só vai ocorrer com chuvas significativas e regulares”, afirma o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.


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