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Protesto marca um ano de privatização do Banestado

Carmem Murara e Redação - Folha do Paraná
17 out 2001 às 10:32

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A privatização do Banestado completa nesta quarta-feira um ano, período que foi suficiente para a instituição financeira passar por uma série de mudanças nas mãos do novo dono, o Banco Itaú.
Durante a manhã desta quarta-feira, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Sindicato dos Bancários de Curitiba realizam um protesto no centro de Curitiba. Os manifestantes fizeram um bolo de "comemoração" com a seguinte frase: "Um ano de terror e muita fila". Além disso, apresentam vídeos e encenações teatrais para questionar as medidas do governo Jaime Lerner, inclusive com relação à venda da Companhia Elétrica do Paraná (Copel). A categoria reclama da demissão de 4 mil funcionários e as alterações depois da privatização. Os protestos continuam durante todo o dia em frente às agências bancárias do Itaú.
A alteração mais sensível depois da venda do Banestado ao Banco Itaú ocorreu para os funcionários, que foram reduzidos de 7.560 em todo o Estado para 2,7 mil, segundo informou nesta terça-feira o Sindicato dos Bancários. A segunda mudança visível foi a transformação das agências do Banestado que, em ritmo acelerado, dão lugar à bandeira Itaú.
A proposta da diretoria do Itaú é transformar as agências Banestado até o final do ano. Serão preservadas poucas unidades, a maioria em Curitiba, pois a marca do banco paranaense tem de ser mantida por um período mínimo de cinco anos, conforme foi estabelecido na época do leilão de privatização.
Aos poucos os clientes Banestado estão se adaptando à nova realidade, que é ser cliente Itaú. O recadastramento ocorre em todos os municípios. Há cerca de nove meses, já existe uma integração entre os sistemas de informática dos dois bancos. Para os clientes, a mudança rápida divide opiniões,
Já para os bancários, principalmente para os integrantes das entidades de classe, a venda do Banestado não pode ser comemorada. "Perdemos com a privatização. Hoje temos de enfrentar uma demissão que não pára", afirmou ontem o presidente do Sindicato dos Bancários em Curitiba, José Daniel de Farias.
O Banestado foi vendido para o Itaú por R$ 1,652 bilhão em um leilão ocorrido na Bolsa de Valores do Paraná. O Itaú pagou um ágio de 300% para ficar com o banco paranaense, que tinha na época uma carteira de 560 mil clientes.
A venda do Banestado foi a alternativa imposta pelo Banco Central para resolver os problemas financeiros do banco paranaense. O Banestado estava mergulhado em dívidas. Foi necessário injetar R$ 5,8 bilhões para sanear o banco, o que representou uma dívida estadual para os cofres públicos.
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