Policiais da 13º Subdivisão de Ponta Grossa realizaram a Operação Medula Gerais. O objetivo da ação era apreender o medicamento denominado MabThera (Rituximab). O remédio, indicado para tratar linfomas, teria sido furtado de hospitais e farmácias públicas paulistas e revendido a hospitais e clínicas particulares do Paraná. Os policiais também procuravam por notas fiscais da venda do produto em Ponta Grossa. A caixa com 50 mililitros do medicamento custa aproximadamente R$ 8 mil.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e foram apreendidos notas fiscais referentes ao medicamento e remédios vencidos. Três pessoas foram presas em flagrante, por administrar medicamentos e materiais médicos hospitalares com data de validade expirada.
De acordo com a delegada-chefe da 13.º SDP, Araci Carmen Costa, a investigação foi baseada em informações repassadas pelo Departamento de Inteligência, e pela Polícia Civil de São Paulo, que desmantelou a quadrilha que furtava os medicamentos no Estado. Os mandados de busca foram cumpridos no Hospital e na Sede Administrativa da Unimed de Ponta Grossa, onde a polícia encontrou notas fiscais referentes ao medicamento.
Leia mais:
Motorista de caminhão é preso após acidente com morte em Siqueira Campos
Morre o escritor Dalton Trevisan, o lendário vampiro de Curitiba, aos 99 anos
Chuvas quintuplicam vazão das Cataratas do Iguaçu nesta segunda
Romaria Diocesana de Apucarana deve atrair mais de 20 mil pessoas no início de 2025
"Apesar de não encontramos nenhum frasco de MabThera, as notas fiscais do produto com o nome da distribuidora Oncofarma, comprova que eles foram vendidos no local e provavelmente já haviam sido consumidos. Essa distribuidora de medicamentos era exatamente a que a quadrilha de São Paulo havia criado para revender os medicamentos furtados", afirma a delegada.
Na farmácia do Hospital Unimed a polícia ainda encontrou inúmeros medicamentos e materiais médicos hospitalares com data de validade expirada, o que resultou na autuação em flagrante de Karina Wanda Bru Wolff e Rosana de Fátima Issakowicz, ambas farmacêuticas do local, e da administradora hospitalar Rosilene Gomes. Elas foram autuadas pela prática do crime capitulado no artigo 7.º da Lei 8.137 – referente aos Crimes Contra as Relações de Consumo (com AEN).