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Contra manifestantes

Repressão da PM custou R$ 1 milhão aos cofres públicos

Mariana Franco Ramos - Folha de Londrina
30 mai 2015 às 07:39

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- Divulgação/ANPr
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O custo da operação Centro Cívico, que resultou em 213 feridos, no dia 29 de abril, em Curitiba, deve chegar perto de R$ 1 milhão. A estimativa consta do relatório repassado pela Polícia Militar (PM) do Paraná ao Ministério Público de Contas (MPC). Conforme o documento, a corporação gastou R$ 553,3 mil com as diárias de alimentação e hospedagem dos agentes deslocados do interior, além de R$ 395 mil em "instrumentos de menor potencial ofensivo", caso das balas de borracha.

Na ocasião, pelo menos 20 mil pessoas, a maioria professores, se aglomeraram em frente à Assembleia Legislativa (AL), com o objetivo de protestar contra a reforma na Paranaprevidência. Uma ordem judicial impedia a entrada dos servidores no prédio da AL. A mobilização e a consequente repressão por parte da PM, no lado de fora, não impediram a aprovação da proposta em plenário. Foram 31 votos a 20.

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A PM informou que utilizou 2.516 homens, sendo 1.661 de Curitiba e região e os 855 restantes de outras cidades – daí a necessidade de se providenciar refeições, vagas em hoteis e transporte. Os policiais tiveram à disposição 2.323 projéteis de borracha, 25 garrafas de spray de pimenta, 1.094 granadas de efeito moral e 300 bombas de gás lacrimogêneo. O ofício da corporação cita, ainda, que não houve registro de profissionais presos por insubordinação, como se chegou a ventilar à época.

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Depois dos acontecimentos, o Ministério Público (MP), a Polícia Civil (PC) e a própria PM começaram a apurar responsabilidades. No caso do MP, foram colhidos até agora 294 depoimentos de vítimas e testemunhas. O órgão requisitou 204 laudos de exames de lesões corporais, dos quais 132 já foram concluídos. A previsão é de que as investigações sejam concluídas dentro de 30 dias. Ao contrário da Polícia Militar, o governo do Estado e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) não repassaram as informações solicitadas pela Procuradoria. Tanto a PM como a Sesp disseram à FOLHA que só iriam se pronunciar ao final das investigações.


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