A alimentação popular garantiu que duas iniciativas do estado do Paraná fossem consagradas como campeãs da 7ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.
Natural do município de Toledo, a tecnologia Cozinha Social e Restaurantes Populares conquistou o primeiro lugar da premiação entre os Gestores Públicos. O projeto é responsável por fornecer alimentação saudável e de qualidade às comunidades em estado de vulnerabilidade social do município paranaense.
A grande diferença da tecnologia social em relação aos outros restaurantes populares do país está na autogestão, que facilita a produção, qualidade dos alimentos, administração e distribuição das refeições. Além disso, toda a produção de alimentos é feita de forma centralizada, ou seja, em um só lugar e depois distribuída para o restaurante popular da cidade, cantinas escolares municipais e panificadoras.
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Após a aplicação do método o município diminuiu os custos de manutenção da Cozinha Social e dos restaurantes populares, possibilitou o melhor controle do estoque e minimizou o desperdício de alimento.
"O trabalho feito em Toledo, autorizado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome em 2005, criou um novo modelo de distribuição de alimentos.A partir de 2014, a nossa proposta é também fazer um trabalho de educação alimentar. A ideia é ir à casa dos cidadãos para ensinar como o usuário deve manipular, higienizar e preparar os alimentos de forma correta. Assim vamos ampliar o trabalho das cozinhas para oferecer mais qualidade de vida à população.", destacou o diretor Cozinha Social, Luiz Carlos Bazei.
Também na categoria Gestores Públicos, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná foi a terceira colocada no Premio com a Tecnologia Social Sistema Eletrônico para Aquisição de Produtos da Agricultura Familiar.
O projeto cadastrou e classificou os produtores da região em um sistema eletrônico, de acordo com produção e o endereço de cada agricultor. A proposta é facilitar o processo de compras governamentais para fornecimento de alimentação nas escolas do estado. Com o uso da tecnologia, mais produtores podem oferecer seus produtos e os alunos tem acesso a uma alimentação de maior quantidade de alimentos orgânicos diariamente.
Para a diretora de Infraestrutura e Logística da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Márcia Cristina Stolarski, além da inclusão digital, os números comprovam a eficiência do uso da plataforma digital no processo de compras. "Quem compra da agricultura familiar sabe o quanto é complexo fazer aquisições para um município, imagine para um estado. O Sistema Integrado permitiu a realização de uma compra mais justa e diversificada, com a participação de todos os fornecedores do estado. Para você ter uma ideia, de 2010 para 2013 nós aumentamos em mais de 1 mil por cento o volume de compras de produtos da Agricultura Familiar. O resultado do trabalho está na satisfação dos alunos, com uma alimentação cada vez mais diversificada e saudável."