A Receita Federal de Maringá divulgou ontem que a quadrilha responsável pelo furto no depósito do órgão levou exatos R$ 1.676.318,27 de mercadorias importadas apreendidas. O valor, no entanto, pode ser bem maior porque o relatório se baseou nos preços fixados em reais dos processos de apreensão de mercadorias cotadas em dólar. Parte dos processos são antigos e os valores eram de tabela da fronteira em Foz do Iguaçu.
Segundo Marcos Luchiancenkol, assessor do gabinete da delegacia da Receita Federal, não é possível quantificar o valor atualizado. 'Mas com certeza o relatório traz um número defasado em razão das constantes alta do dólar', diz Luchiancenkol.
Do valor apurado, cerca de R$ 416 mil são de mercadorias de contribuintes cujos processos ainda tramitam na esfera administrativa ou judicial. O assessor explica que se o processo for favorável ao contribuinte, o valor é passível de restituição por parte da Receita Federal.
O furto no depósito da Receita Federal, no dia 4 de agosto, foi considerado uma das ações criminosas mais ousadas dos últimos anos. Para entrar no local, a quadrilha alugou um terreno vizinho e construiu um imóvel para o funcionamento de uma 'transportadora' de fachada. No terreno, teve início o túnel cavado pelos assaltantes até o interior do depósito. A construção teria levado nove meses. Até agora, a Polícia Federal conseguiu prender apenas um integrante da quadrilha, identificado como Wenceslau da Silva Filho e que teria sido contratado para cavar o túnel.
* Leia mais em reportagem de Marta Medeiros na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira