No dia 16 de outubro é comemorado o Dia Mundial do Pão, data instituída em 2000 pela UIB (União Internacional dos Padeiros e Confeiteiros) para celebrar um dos alimentos mais antigos e essenciais na dieta humana.
Presente na história da civilização há mais de 6 mil anos, o pão passou por diferentes culturas, evoluiu ao longo dos séculos e se tornou um alimento básico e indispensável no mundo todo.
No Paraná, o setor de panificação desempenha um papel de destaque tanto na economia quanto na vida cotidiana da população. O estado representa 7% da produção nacional de pães, abrigando 2.230 estabelecimentos voltados para a panificação, segundo a RAIS 2023 (Relação Anual de Informações, que reúne dados sobre a atividade trabalhista no Brasil).
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Esse número coloca o Paraná como a quarta maior força do país no setor, que conta com mais de 31 mil estabelecimentos em todo o Brasil. Já na geração de empregos são mais de 15.700 pessoas nessa atividade no estado, de um total de 257.700 trabalhadores em âmbito nacional.
De acordo com o diretor da Federação das Indústrias do Paraná, Rodrigo Pasa, que também atua no grupo de trabalho da panificação do Conselho Setorial de Alimentos e Bebidas, o setor precisou se reinventar nos últimos anos. Industrial do ramo há 25 anos, ele conta que os estabelecimentos mais antigos se baseavam na venda do pão.
“Hoje somos uma extensão da casa dos clientes, estamos presentes em todos os momentos do dia deles. Seja no café da manhã, no lanche, no almoço ou no jantar”, resume. “Foi uma estratégia dos empresários para permanecer no mercado frente a concorrência com as grandes redes varejistas. Hoje oferecemos uma experiência ao cliente e só não vendemos mais porque falta mão de obra qualificada”, conta.
Para Pasa, padeiros e equipes de atendimento ao público são as áreas com maior escassez. “Não fosse a disponibilidade de contratação de trabalhadores estrangeiros a situação estaria ainda mais crítica”, aponta. Ele complementa que esse é um obstáculo geral da indústria em vários segmentos. “Está muito mais difícil contratar profissionais especializados e o treinamento de novos entrantes leva um tempo, não é feita imediatamente”, justifica.
O empresário lembra ainda que os equipamentos e tecnologias disponíveis são outro desafio para o setor. “A indústria deveria repensar o porte do maquinário e avaliar os espaços dos estabelecimentos da panificação antes de projetá-los”, explica.
“As lojas geralmente são de pequeno porte e não comportam equipamentos automatizados amplos. Uma alternativa seria desenvolver tecnologias mais compactas e com menor capacidade de produção por hora”, defende.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: