Já está em vigor o convênio firmado entre o Tribunal de Justiça do Paraná e a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania para utilizar mão de obra de presos da Colônia Penal Agrícola na prestação de serviços de apoio administrativo no Poder Judiciário. Além de amparo legal, o acordo atende à recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que mobiliza a sociedade para a recuperação de detentos.
Várias metas foram estabelecidas no convênio, como a adoção de programas e atividades produtivas que promovam a recuperação e a reinserção social do detento e do egresso do sistema prisional, por meio do aproveitamento deles em serviços no âmbito do Poder Judiciário. Outro objetivo é combater a estigmatização social do preso, além de elevar sua escolaridade e promover a educação continuada.
Os presos colocados à disposição do Tribunal de Justiça deverão, obrigatoriamente, ter sido submetidos à Comissão de Tratamento e Classificação (CTC) da respectiva unidade penal. Além do treiná-los e fornecer os equipamentos necessários para o cumprimento das tarefas, o TJ vai controlar a freqüência e a produtividade dos detentos. A jornada diária mínima será de seis horas. A máxima, de oito horas. A remuneração prevista é de 75% do salário mínimo.