A torcida Império Alviverde quitou no início da tarde desta quarta-feira (12) a dívida que havia sido contraída com os proprietários do Restaurante Bengala. O estabelecimento, localizado na PR-445, entre Lerroville e Tamarana, foi alvo de um arrastão por parte de torcedores do Coritiba na noite do último domingo (9). Em três ônibus, o grupo vinha de Londrina a caminho da capital depois de acompanhar a derrota do Coxa para o Tubarão no estádio do Café pela última rodada da primeira fase do Campeonato Paranaense. Os R$ 4.011,00, requeridos pelos comerciantes, foram depositados na conta do restaurante por volta do meio-dia desta quarta. "Eu acho que para a torcida foi uma vantagem fazer esse acordo. Se eu registro uma queixa e toco o processo, ganho uma ação por danos morais", argumentou o dono do restaurante, Zaqueu de Oliveira.
O comerciante garantiu que os torcedores levaram mais de R$ 4 mil em produtos do restaurante sem pagar. Integrantes da Império Alviverde foram até o estabelecimento na tarde de terça-feira (11) tentar negociar, mas a conversa havia terminado sem acordo. "Imaginávamos um valor menor. Por isso não fechamos o acordo antes. Depois de conversarmos internamente, esfriarmos a cabeça e fazermos uma 'vaquinha', resolvemos aceitar pagar o que foi pedido pelos proprietários", explicou o presidente da torcida organizada, Reimackler Alan Graboski.
De acordo com ele, o episódio registrado no restaurante manchou o nome da Império Alviverde. "Vamos ficar conhecidos como aquele pessoal que roubou um restaurante... Deixo aqui um pedido de desculpas aos comerciantes. Queremos apagar com corretivo essa mancha", argumentou.
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Graboski garantiu, ainda, que os envolvidos no arrastão vão ser punidos. "Vamos pedir as imagens do circuito interno do restaurante para fazer a identificação dos responsáveis. Alguns deles já se apresentaram. Os torcedores já identificados vão prestar serviço comunitário a uma instituição de caridade de Curitiba nesta semana. Eles também vão pagar cestas básicas para esta entidade e ficar proibidos de viajar com a torcida por tempo indeterminado", listou.
A quitação da dívida também fez os comerciantes desistirem de registrar um Boletim de Ocorrência na polícia contra os torcedores. "Fica a lição para eles. Da minha parte, o caso está encerrado", garantiu Zaqueu de Oliveira.