A utilização de equipamentos que prometem controlar vazamentos de gás dos botijões residenciais é bastante perigosa. O funcionário público Carlos Roberto Tworkowski foi vítima de um dispositivo chamado "travagás", que por pouco não provocou uma explosão na sua residência.
De acordo com Tworkowski, ele recebeu o panfleto do produto em uma feira de utilidades domésticas no Parque Barigui, em Curitiba, em 1994. "Eu queria proteger minha casa, e como dizia que era certificado pelo Inmetro, comprei", conta.
Depois que o travagás foi instalado, o botijão de gás começou a apresentar vazamentos. "Minha mãe estava sozinha em casa, e começou a vazar muito gás. Era como se a gente tivesse aberto uma torneira e jorrasse água", relata. Segundo ele, só não houve uma grande explosão porque o vizinho ajudou e levou o botijão para fora da casa.
O consumidor fez queixa no Procon contra a empresa fabricante, a Metal Block, mas como não houve retorno, Tworkowski foi encaminhado à Promotoria de Defesa do Consumidor e entrou com ação contra os proprietários da fábrica.
Tworkowski fez contato com o Inmetro para descobrir como um produto tinha recebido certificação se quase tinha causado um acidente, e descobriu que o Instituto não tinha emitido nenhuma liberação para esse tipo de equipamento. O julgamento do caso levou em conta a propaganda enganosa feita pela Metal Block, e por isto o juiz considerou que não era preciso apresentar provas do acidente.
Como a ação demorou muito tempo para ser julgada, com sentença final emitida em fevereiro deste ano, a pena prescreveu. Os proprietários da empresa, que foram condenados a dois anos de detenção, não precisaram cumprir a punição. Também não houve indenização para o consumidor, mas a empresa foi proibida de fabricar e comercializar o travagás.
"O que queria mesmo é fazer o alerta às pessoas que possuam ainda peças desse tipo, porque são um verdadeiro perigo", afirma Tworkwoski.
Certificação Além das mangueiras e reguladores que ligam o botijão ao fogão, nenhum outro dispositivo tem certificação que comprove sua eficácia. A afirmação é do gerente de Avaliação da Conformidade do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do Paraná, Sérgio Camargo. "Em termos de segurança não é recomendável usar esse tipo de peça. A pessoa pode tentar, mas por conta e risco próprios", afirma.
Para conferir se há vazamento de gás no botijão o Ipem recomenda apenas o uso de detergente e água. Não deve ser usado sabão. Se ocorrer formação de bolhas, o consumidor deve contatar um técnico de alguma distribuidora de gás para resolver o problema.
De acordo com Tworkowski, ele recebeu o panfleto do produto em uma feira de utilidades domésticas no Parque Barigui, em Curitiba, em 1994. "Eu queria proteger minha casa, e como dizia que era certificado pelo Inmetro, comprei", conta.
Depois que o travagás foi instalado, o botijão de gás começou a apresentar vazamentos. "Minha mãe estava sozinha em casa, e começou a vazar muito gás. Era como se a gente tivesse aberto uma torneira e jorrasse água", relata. Segundo ele, só não houve uma grande explosão porque o vizinho ajudou e levou o botijão para fora da casa.
O consumidor fez queixa no Procon contra a empresa fabricante, a Metal Block, mas como não houve retorno, Tworkowski foi encaminhado à Promotoria de Defesa do Consumidor e entrou com ação contra os proprietários da fábrica.
Tworkowski fez contato com o Inmetro para descobrir como um produto tinha recebido certificação se quase tinha causado um acidente, e descobriu que o Instituto não tinha emitido nenhuma liberação para esse tipo de equipamento. O julgamento do caso levou em conta a propaganda enganosa feita pela Metal Block, e por isto o juiz considerou que não era preciso apresentar provas do acidente.
Como a ação demorou muito tempo para ser julgada, com sentença final emitida em fevereiro deste ano, a pena prescreveu. Os proprietários da empresa, que foram condenados a dois anos de detenção, não precisaram cumprir a punição. Também não houve indenização para o consumidor, mas a empresa foi proibida de fabricar e comercializar o travagás.
"O que queria mesmo é fazer o alerta às pessoas que possuam ainda peças desse tipo, porque são um verdadeiro perigo", afirma Tworkwoski.
Certificação Além das mangueiras e reguladores que ligam o botijão ao fogão, nenhum outro dispositivo tem certificação que comprove sua eficácia. A afirmação é do gerente de Avaliação da Conformidade do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do Paraná, Sérgio Camargo. "Em termos de segurança não é recomendável usar esse tipo de peça. A pessoa pode tentar, mas por conta e risco próprios", afirma.
Para conferir se há vazamento de gás no botijão o Ipem recomenda apenas o uso de detergente e água. Não deve ser usado sabão. Se ocorrer formação de bolhas, o consumidor deve contatar um técnico de alguma distribuidora de gás para resolver o problema.