Plantar milho no verão poderá ser um bom negócio? Ainda é cedo para responder, mas o cenário indica que a redução das safras (normal e safrinha) deste ano pode influenciar no mercado e, consequentemente, a escolha do que plantar no verão.
A queda nos preços do milho nos últimos meses e uma projeção de área menor no verão, em favor da soja, pode influenciar numa reação no mercado do grão em 2005, avalia o técnico Norberto Ortigara, do Deral da Secretaria de Agricultura do Paraná.
Até agora 56% do milho safrinha já foi colhido. Mas já está confirmada queda na produção. O estimado é obter 3 milhões e 650 mil toneladas (t) - volume 40% menor do que em 2003, quando se colheu 6 milhões e 40 mil/t. A queda na produção se explica pela menor área de cultivo e as influências do clima durante a condução da lavoura. Em 2004 o Paraná plantou 1 milhão 168 mil hectares (ha) na safrinha, 18% a menos que em 2003 (1 milhão 366 mil ha).
Na área de milho do verão, com 1% já plantada, a redução está prevista em 5%, atingindo 1 milhão 282 mil ha ante 1 milhão 348 mil ha de 2003. A produção também ficará menor: estimativa de 7 milhões 230 mil/t, ante 7 milhões e 533 mil/t de 2003/2004. Com redução de área, o abastecimento em 2005 poderá ser afetado. Depender, depois, da safrinha para abastecer mercado não é aconselhável, diz Ortigara; o plantio de inverno é sempre uma incógnita em função das intempéries climáticas a que a cultura fica sujeita.
Segundo Ortigara, a recomendação é para que os agricultores não invistam tudo na soja. Pode ser que o milho no verão, traga boa rentabilidade. Hoje, segundo ele, a situação é de oferta normal do produto e, por isso, preços mais baixos.
A atual cotação, explica, não pode balizar o mercado daqui para frente. O preço médio ao produtor, no último dia 25 (quarta-feira desta semana) ficou em R$ 15,23 a saca 60kg. Em julho, no mesmo dia, esteve em R$ 15,71; em junho era de R$ 17 e, em maio, foi negociado a R$ 19.
Segundo Ortigara, os preços subiram no início do ano em função de uma indefinição do que seria a safrinha no Paraná. O atraso no plantio da safrinha, devido a seca em algumas regiões do Estado, provocou uma indefinição no mercado, puxando os preços. Outra influência foram as condições favoráveis à exportação.
Quando a safrinha se configurou os preços recuaram, chegando até a R$ 14,50 ao produtor. A queda é sinal de que não está faltando milho no mercado. Mas a retração de área na safra de verão sinaliza menor oferta no período fevereiro a maio de 2005, o que pode levar a um preço melhor do que o praticado hoje.
Os atuais preços, admite o técnico, estimulam redução na área não só no Paraná, mas também em outros Estados. Mesmo assim, a recomendação é que os agricultores reavaliem a decisão de opção de cultivo no verão e não optem totalmente pela soja. É recomendável combinar pespectivas de melhor preço para o milho com um manejo adequado de solo, fazendo rotação de cultura em pelo menos uma parte da propriedade, ensina Ortigara.
No embalo da perspectiva que está no ar, não deverá ocorrer melhoria dos preços da soja, pois a safra americana é grande e há tendência de grandes safras também no Brasil e Argentina, informa Ortigara. Os analistas, segundo ele, indicam que os preços da soja devem situar-se entre 5 a 6 dólares por bushel, não muito diferente do praticado hoje. Outra variável, que mostra estabilidade, é o câmbio fraco, sem perspectivas de desvalorização do Real no curto e médio prazos em relação a soja.
A queda nos preços do milho nos últimos meses e uma projeção de área menor no verão, em favor da soja, pode influenciar numa reação no mercado do grão em 2005, avalia o técnico Norberto Ortigara, do Deral da Secretaria de Agricultura do Paraná.
Até agora 56% do milho safrinha já foi colhido. Mas já está confirmada queda na produção. O estimado é obter 3 milhões e 650 mil toneladas (t) - volume 40% menor do que em 2003, quando se colheu 6 milhões e 40 mil/t. A queda na produção se explica pela menor área de cultivo e as influências do clima durante a condução da lavoura. Em 2004 o Paraná plantou 1 milhão 168 mil hectares (ha) na safrinha, 18% a menos que em 2003 (1 milhão 366 mil ha).
Na área de milho do verão, com 1% já plantada, a redução está prevista em 5%, atingindo 1 milhão 282 mil ha ante 1 milhão 348 mil ha de 2003. A produção também ficará menor: estimativa de 7 milhões 230 mil/t, ante 7 milhões e 533 mil/t de 2003/2004. Com redução de área, o abastecimento em 2005 poderá ser afetado. Depender, depois, da safrinha para abastecer mercado não é aconselhável, diz Ortigara; o plantio de inverno é sempre uma incógnita em função das intempéries climáticas a que a cultura fica sujeita.
Segundo Ortigara, a recomendação é para que os agricultores não invistam tudo na soja. Pode ser que o milho no verão, traga boa rentabilidade. Hoje, segundo ele, a situação é de oferta normal do produto e, por isso, preços mais baixos.
A atual cotação, explica, não pode balizar o mercado daqui para frente. O preço médio ao produtor, no último dia 25 (quarta-feira desta semana) ficou em R$ 15,23 a saca 60kg. Em julho, no mesmo dia, esteve em R$ 15,71; em junho era de R$ 17 e, em maio, foi negociado a R$ 19.
Segundo Ortigara, os preços subiram no início do ano em função de uma indefinição do que seria a safrinha no Paraná. O atraso no plantio da safrinha, devido a seca em algumas regiões do Estado, provocou uma indefinição no mercado, puxando os preços. Outra influência foram as condições favoráveis à exportação.
Quando a safrinha se configurou os preços recuaram, chegando até a R$ 14,50 ao produtor. A queda é sinal de que não está faltando milho no mercado. Mas a retração de área na safra de verão sinaliza menor oferta no período fevereiro a maio de 2005, o que pode levar a um preço melhor do que o praticado hoje.
Os atuais preços, admite o técnico, estimulam redução na área não só no Paraná, mas também em outros Estados. Mesmo assim, a recomendação é que os agricultores reavaliem a decisão de opção de cultivo no verão e não optem totalmente pela soja. É recomendável combinar pespectivas de melhor preço para o milho com um manejo adequado de solo, fazendo rotação de cultura em pelo menos uma parte da propriedade, ensina Ortigara.
No embalo da perspectiva que está no ar, não deverá ocorrer melhoria dos preços da soja, pois a safra americana é grande e há tendência de grandes safras também no Brasil e Argentina, informa Ortigara. Os analistas, segundo ele, indicam que os preços da soja devem situar-se entre 5 a 6 dólares por bushel, não muito diferente do praticado hoje. Outra variável, que mostra estabilidade, é o câmbio fraco, sem perspectivas de desvalorização do Real no curto e médio prazos em relação a soja.