A Câmara Municipal de Cornélio Procópio começa a analisar, a partir desta terça-feira (25), um projeto de lei complementar que acrescenta alguns itens na lei já sancionada no final de março pelo prefeito Amin Hannouche (PSDB) que proíbe o fracking, método não convencional que utiliza milhões de litros de água misturados a mais de 720 substâncias tóxicas paa explosão de rochas, liberando assim o gás metano. A proposta dos vereadores Fernando Vanuchi Peppes (PMDB), Raphael Dias Sampaio (PMDB) e Edimar Gomes Filho (PSB) quer impedir o tráfego de veículos pesados em estradas rurais do município.
Além disso, os parlamentares sugeriram a interdição de qualquer negócio que envolva metais pesados e radioativos, aumento da proteção para atividades de piscicultura e que possam afetar a fauna silvestre e substituição gradativa de combustíveis fósseis por formas de energia limpa. A matéria vai passar pelas comissões do Legislativo e só deve retornar para votação na sessão da semana que vem.
No último sábado (22), estudantes universitários, lideranças indígenas e representantes de movimentos sociais protestaram em frente à sede da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) contra a realização de um curso que pretendia, segundo os manifestantes, destacar as vantagens e benefícios da indústria de combustíveis fósseis. O evento foi organizado pela Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida. Nas próximas semanas, o movimento pretender dar palestras na universidade para que o risco do fracking também seja divulgado para a comundidade acadêmica.