A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias contra as funerárias de Curitiba tenta, mais uma vez, dar sequência aos trabalhos. A CPI foi instaurada há quase um ano, mas somente nesta segunda-feira os vereadores que integram a comissão começaram a definir o cronograma de discussão. O presidente da CPI, vereador Natálio Stica (PT), apresentou propostas para o trabalho, que deverá ser realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Os principais pontos a serem trabalhados, segundo Stica, serão a adoção de sistema de licitação pública para todas as funerárias de Curitiba, bem como licitação dos preços dos serviços; a limitação de uma funerária por endereço - hoje existem até seis no mesmo endereço - e o fim do rodízio. Ele lembrou também que entre as principais denúncias está a de formação de cartel, sem que o usuário possa escolher a prestadora do serviço.
A previsão é de que as reuniões sejam realizadas semanalmente. O trabalho será dividido em duas etapas e deve ser concluído em aproximadamente seis meses. Em um primeiro momento, serão realizadas discussões para a elaboração de um novo projeto de lei para o sistema funerário. Na segunda etapa, serão realizadas todas as investigações necessárias, disse Stica.
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De acordo com o secretário Ibson Campos, a proposta de mudanças e melhorias dos serviços funerários são bem vindas. "Devido a alguns incidentes no começo desse ano, a Secretaria reavaliou o funcionamento do sistema funerário e está aberta para discussões", disse. Segundo ele, a princípio, a posição do Município é de que o sistema é muito eficiente, mas ainda tem muito a melhorar. "Estamos abertos para conversar, mas estaremos defendendo o sistema de rodízio, pois entendemos que é a melhor forma de controlar e fiscalizar a atuação das funerárias", explicou.
A Folha entrou em contato com o Sindicato das Funerárias, mas não obteve retorno.