Até agora o vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está sendo marcado por recordes. Em dois dias, o concurso teve mais desistentes do que em todo o vestibular do ano passado. De 52.077 candidatos inscritos, 3.977 (7,64%) não compareceram às provas nesses dois dias.
No ano passado, o índice de desistência ficou em 5,38% nos três dias. O número de vestibulandos no Concurso Vestibular 2002 também é o maior da história da UFPR: quase 5 mil a mais do que no ano passado, quando houve 47.179 inscritos.
Isso significa que 48,1 mil estudantes estão disputando uma das 4.034 vagas existentes em 67 cursos. Apesar do grande número de desistência, foram registrados poucos retardatários. Segundo o presidente da Comissão Central do Concurso Vestibular (CCCV), Dartagnan Baggio Emerenciano, no primeiro dia houve apenas 22 casos de vestibulandos atrasados em Curitiba e dez no Interior. Esse número, para ele, é resultado da mudança de horário do vestibular. Desde o ano passado, a UFPR está realizando as provas mais tarde, com os portões sendo fechados às 8h45.
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No domingo, dois estudantes - um rapaz no Centro Politécnico e uma garota no Colégio Lamenha Lins - foram pegos portando maconha. A droga foi descoberta em vistoria de rotina, por cadetes da Polícia Militar, que acompanham os vestibulandos que necessitam ir ao banheiro. Os dois foram levados à delegacia após terminarem as provas, mas puderam realizar o vestibular normalmente.
Para o vice-reitor Rômulo Sandrini, o aumento no número de inscritos a cada ano é uma prova de que as universidades públicas têm que aumentar o número de vagas. Nos últimos três anos, segundo ele, a UFPR abriu dez novos cursos e aumentou em 20% o número de vagas. O problema é que o governo federal não vem cumprindo sua contrapartida de aumentar a participação orçamentária em instituições que aumentem a oferta de vagas. "A cada 10% de aumento das vagas o governo devia aumentar em 10% nosso orçamento. Mas já aumentamos 20% das vagas e o orçamento continua o mesmo", reclama.
Leia mais em reportagem de Maigue Gueths, na edição da Folha desta terça-feira