Para fugir da Polícia Federal, Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, submeteu-se a procedimentos de plástica no rosto, mudando suas feições. A área pericial da PF foi acionada para comprovar, por meio de comparação de traços faciais, que Vitor Luiz de Moraes era, na verdade, o líder da organização criminosa preso na Operação Spectrum, deflagrada neste sábado (1º).
A quadrilha de tráfico internacional de drogas liderada ele possuía perfil de extrema periculosidade e violência, sendo desvendado durante as investigações a utilização de escoltas armadas, ações evasivas, carros blindados, ações de contra vigilância a fim de impedir a proximidade policial, porte de armas de grosso calibre, bem como o emprego de ações violentas e atos de intimidação para se manter em atividade por aproximadamente 30 anos no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
A Operação Spectrum embasou-se em profundas investigações e ações de inteligência que conectaram as atividades ilícitas aos reais operadores do tráfico de drogas, bem como estabeleceu as conexões entre o patrimônio sujo da quadrilha e a traficância, encerrando a atual fase com a prisão de um dos maiores traficantes da América do Sul e o mais procurado pela Polícia Federal. As ações deste sábado desarticulam o núcleo e comando do grupo criminoso, encerrando a continuidade das ações delitivas e estancando o ingresso de vultosas cargas de cocaína destinada ao uso no Brasil e no exterior, combustível que impulsiona o crime e violência em todo o mundo.