Tiago dos Santos Silva, de 26 anos, foi o autor do homicídio que tirou a vida de Cleonilza Silene Moreno, 46 anos, na noite de sábado (9). Ele afirmou, no entanto, ao delegado Paulo Henrique Costa em interrogatório na manhã de hoje (15) que o crime foi acidental. Apesar da negativa, o rapaz foi indiciado por homicídio doloso (com a intenção de matar).
Tiago disse que não conhecia a mulher, que a princípio se acreditava ser sua companheira. Segundo o rapaz, ele estava parado em um semáforo quando Cleonilza o abordou pedindo uma carona. "Ela estava desesperada e disse que precisava ir urgentemente para casa. Eu estava parado no sinal e os motoristas atrás de mim começaram a buzinar. Então eu a deixei entrar", relatou em entrevista à TV Tarobá. "Eu fiz um favor para ela e me dei mal".
Na Rua Pedro Carrasco Alduan, no Residencial do Café, zona norte de Londrina, a mulher teria pedido para ele parar o carro. Ela pediu então que ele lhe desse R$ 50. Tiago afirmou que não poderia dar o dinheiro. "Ela me ameaçou com uma faca e eu até me machuquei, cortando meus dedos, quando fui me defender, segurando a faca".
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Ainda segundo o relato de Tiago, Cleonilza desceu no carro e chamou por um tal de "Val", que era um homem que estava perto e veio caminhando em sua direção. "Então dei marcha ré. Senti um tranco, mas não parei para ver o que era. Meu carro tem o vidro de trás escuro", contou. Então, fazendo a manobra, Tiago passou novamente por cima do corpo de Cleonilza, que teve politraumatismo e morreu no local.
O carro, um Monza com placas de Cambé, ficou emperrado na rua e ele o deixou no local, fugindo a pé para um terreno baldio nas proximidades. "Eu fugi do local por desespero, mas eu jamais tive a intenção de matá-la. É uma mulher que tinha idade para ser minha mãe", justificou o fato de não ter se apresentado na hora para a polícia.