Uma semana antes de se tornar o primeiro detento da penitenciária de Catanduvas (PR), o traficante Fernandinho Beira-Mar aguardava ansioso a entrega de 250 quilos de drogas à favela que leva seu nome em Duque de Caxias (RJ). Beira-Mar ordenava e acompanhava o processo por um telefone celular. Com o aparelho grampeado, a Polícia Federal monitorava o poder de fogo do traficante, detido há cerca de cinco anos.
Com base nas investigações, o Ministério da Justiça convenceu a Justiça Federal de Curitiba a autorizar a transferência do traficante para Catanduvas. Mesmo preso na PF, Beira-Mar ainda tinha força no crime organizado do Rio.