Três homens e uma mulher foram indiciados pela PCPR (Polícia Civil do Paraná) por estelionato e associação criminosa para atos criminosos contra locadoras de veículos de Londrina. O caso foi divulgado nesta terça-feira (14) pela DFRV (Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos), que investiga a quadrilha desde 2021. O esquema foi revelado após análise de conversas em aplicativos de mensagens apreendidos.
A suspeita foi levantada no momento em que uma pessoa registrou um BO (Boletim de Ocorrência) por suposto roubo de um Jeep Renegade pertencente a uma locadora de veículos. “Os policiais suspeitaram do nervosismo [da suposta vítima]. Mais tarde, ele acabou assumindo que, por conta de dívidas, foi obrigado a pegar o veículo e dar uma destinação ilegal”, explica a delegada de Furtos e Roubos de Veículos, Lívia Pini.
Segundo ela, há indícios de que o veículo teria sido levado para a Bolívia, mas o último registro no Brasil consta no Mato Grosso do Sul. O carro nunca foi recuperado.
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Após a identificação dos outros suspeitos, a PCPR deflagrou uma operação em agosto de 2021 para cumprimento de mandados de busca e apreensão. Na ação, houve localização de veículo furtado e apreensão de caça-níqueis, além de aparelhos celulares e papéis encontrados no local da operação que contribuíram para a confirmação do esquema criminoso e de outros delitos. “Houve demora devido à extração dos dados, mas que ajudaram a levantar muito envolvimento com crimes como tráfico de drogas, roubos, roubo de joias e envolvimento com facção criminosa”, conta a delegada.
Os outros crimes identificados foram encaminhados para as delegacias competentes, incluindo compartilhamento de informações com a Polícia Federal sobre remessa de veículos ilegais para fora do Brasil.
De acordo com a delegada, os quatro envolvidos foram indicados por estelionato, mas apenas dois homens e a mulher respondem por organização criminosa – o envolvido que registrou a ocorrência que iniciou as investigações não faz parte da organização, pela investigação policial. Ele também não tem passagens policiais anteriores. Já os outros têm antecedentes criminais por adulteração de sinal identificador de veículo, receptação, roubo, porte ilegal de arma, estelionato e até tráfico de entorpecentes.