O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Santiago, exonerou neste sábado (9) o seu chefe de gabinete, Robério Gress do Vale, a mando da presidente Dilma Rousseff. Vale é acusado de operar um esquema fraudulento que teria desviado R$ 100 milhões para o caixa 2 de campanhas eleitorais de petistas do Ceará. O esquema está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) com base em auditorias do BNB e da Controladoria Geral da União (CGU) que encontraram indícios de fraude em 24 operações de crédito envolvendo petistas.
A auditoria concluiu que empresa dos cunhados de Vale recebeu R$ 12 milhões. O ex-chefe de gabinete do BNB foi, em 2010, o quarto maior doador, pessoa física, da campanha do deputado José Guimarães Nobre (PT-CE), irmão do ex-presidente do PT José Genoino. A denúncia foi publicada pela revista Época deste final de semana.
Em nota, Vale disse que está disposto a prestar todos os esclarecimentos à PF. "Como funcionário de carreira, técnico desta instituição, tendo exercido dentre outras funções a chefia de gabinete na gestão Roberto Smith e na atual, nunca me envolvi em defesa de quaisquer interesses de pessoas, parentes e afins, conforme insinua a referida matéria (publicada na revista)", disse.
Leia mais:
Anatel derrubará cerca de 500 bets nos próximos dias e apostador deve retirar dinheiro já, diz Haddad
Justiça Eleitoral faz últimos testes com urnas eletrônicas em Londrina
Dilma recebe Medalha da Amizade, maior honraria chinesa, de presidente Xi Jinping
Abusos em disparos em massa com pedido de voto pode levar à perda do mandato
Mais adiante o ex-chefe de gabinete do BNB destaca: "Ao longo de minha trajetória nesta instituição, nas várias funções que exerci, sempre pautei minha vida pela ética, moralidade e a transparência".
Em relação à acusação de que foi um dos principais doadores da campanha de José Nobre Guimarães, Vale admite que foi um dos contribuintes do petista, com um valor de R$ 10 mil. Nota do BNB diz que o banco passou, "espontaneamente" a interagir com a CGU e a Polícia Federal para esclarecer o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.