Assim que for publicada oficialmente a decisão do Supremo Tribunal Federal condenando quem recebeu dinheiro do esquema do mensalão, advogados dos réus considerados culpados pretendem recorrer à Corte sustentando que o julgamento teve contradições. A medida deverá postergar o cumprimento de penas que serão fixadas pelo STF.
O advogado do deputado federal Pedro Henry (PP-MT), José Antônio Álvares, afirmou que os ministros do Supremo estão cedendo às pressões da opinião pública ao condenar os réus do processo do mensalão. Henry foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sendo absolvido da acusação de formação de quadrilha. "Os ministros são pessoas como nós, leem jornais e sofrem essa pressão", disse. "Acredito que a pressão da sociedade tem sido um fator determinante nesse julgamento."
O advogado afirmou que recorrerá das condenações de seu cliente por meio de embargos de declaração. Álvares sustenta que Henry foi condenado "apenas por ser líder do PP na época". O advogado afirmou ainda que tinha esperança de votos por absolvição de juízes "garantistas" e "legalistas", mas isso não ocorreu.
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A expectativa da defesa é que no julgamento dos embargos o STF possa rever sua posição retirando as condenações, ainda que o objetivo desses recursos seja apenas o de esclarecer as decisões do tribunal. Advogado do delator do esquema, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, Luiz Francisco Barbosa afirmou que o relator do processo, Joaquim Barbosa, fez uma confusão de datas e fatos, concluindo que foi indevido o recebimento pelo ex-parlamentar de R$ 4 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo