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Alvaro e Osmar Dias decidem-se pelo PDT

Maria Duarte - Folha do Paraná
19 set 2001 às 19:37

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Os senadores paranaenses Alvaro Dias e Osmar Dias decidiram assinar ficha no PDT de Leonel Brizola. A reunião que selou a mudança de partido aconteceu terça-feira à noite, em Brasília. Os senadores já haviam conversado com as bancadas federal e estadual. A definição partidária encerra a novela protagonizada pelos senadores desde que a cúpula nacional tucana decidiu expulsá-los por terem apoiado a CPI da Corrupção, para investigar o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A escolha do PDT faz parte da estratégia política dos senadores rumo às eleições de 2002, porque o partido pode coligar com PMDB e PT, além de partidos menores. Alvaro é, a princípio, o candidato à sucessão do governador Jaime Lerner (PFL). Osmar disputará uma das duas vagas do partido do Senado. Os irmãos Dias também farão parte da executiva estadual.

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Alvaro precisa de coligações para aumentar o tempo na TV e pavimentar a candidatura. O PDT tem dois blocos de um minuto e meio (três minutos). O PMDB tem oito minutos (duas inserções). O PT tem no total seis minutos.

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Alvaro deixa o PSDB, partido onde seus aliados permanecem lutando na Justiça, na tentativa de anular a nomeação do deputado federal Basílio Villani como presidente da junta interventora do ninho tucano no Paraná. "O PDT está na faixa de centro-esquerda, e facilita alianças. Além disso, o partido é oposição no plano federal e estadual", declarou Alvaro.

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Osmar estava sem partido desde junho, quando encaminhou sua ficha de desfiliação ao PSDB de Maringá. Osmar oscilava entre PDT e PMDB, mas a opção pelo PMDB não foi possível por causa da dificuldade de entendimento entre seu irmão Alvaro e o presidente estadual do partido, senador Roberto Requião. Segundo Osmar, sua entrada no PMDB seria interpretada como traição ao irmão. "Não quis criar esse constrangimento. Disputa entre irmãos é inconcebível", disse Osmar.


Contrariando as expectativas, Alvaro não foi para o PSB. Caso Osmar fosse para o PDT e Alvaro para o PSB, os dois partidos teriam dificuldades para coligar. O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, e o governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), têm problemas de relacionamento. Além disso, no Paraná o PSB apóia Jaime Lerner. Alvaro e Osmar já haviam garantido que dividiriam o mesmo palanque, mesmo que fossem para legendas diferentes.


Uma corrente de políticos paranaense acredita que Alvaro deve disputar a vice-presidência na chapa encabeçada pelo ex-ministro Ciro Gomes. Nesse caso, Osmar disputaria o governo do Estado.

A filição será anunciada oficialmente neste sábado, durante ato político no Teatro Fernando Montenegro, em Curitiba.


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