Acusado de manter relações próximas com o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, da PF, o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) deve retornar à Câmara após a Semana Santa. Segundo a assessoria de imprensa do petista, Vargas indicou que não pretende cumprir os 60 dias de licença e retomará o mandato em meio a um processo disciplinar no Conselho de Ética e uma representação na Corregedoria da Câmara.
Embora tenha anunciado a renúncia do cargo de primeiro vice-presidente da Casa, o deputado ainda não formalizou sua decisão junto à Secretaria-Geral da Mesa Diretora. Sem esse procedimento, o processo de escolha do novo primeiro vice-presidente fica comprometido. Na quinta, o presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) anunciou que pretende fazer a eleição na última semana do mês. A assessoria de Vargas informou que, como ele não se encontra em Brasília, a formalização da renúncia acontecerá após o feriado.
Pelo critério da proporcionalidade, o PT indicará o sucessor de Vargas. Entre os cotados para assumir o cargo estão o ex-líder da bancada José Guimarães (CE), o deputado Paulo Teixeira (SP) e o ex-presidente da Câmara, Marco Maia (RS).
Leia mais:
Câmara de Londrina marca nova audiência para debater o Código Ambiental
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Na quinta-feira, enquanto o PT anunciava que levaria o caso para o Conselho de Ética do partido, Vargas usou as redes sociais para desabafar. Em seu perfil oficial no Twitter, o petista disse que vai provar, "de cabeça erguida", que não cometeu irregularidades.