A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta na Câmara Municipal de Cambé para investigar contrato firmado entre prefeitura e o Instituto Atlântico, retomou os trabalhos nesta semana a pedido da Justiça, que decidiu não anular os trabalhos feitos pela comissão, mas determinou que os vereadores escutem o prefeito João Pavinato (PSDB).
"O chefe do Executivo pediu a nulidade da comissão, alegando que não teve direito à ampla defesa. O Judiciário, por sua vez, não colocou em cheque as investigações feitas pela CPI, mas exigiu que o prefeito seja ouvido. O depoimento dele será coletado nesta quarta-feira", contou o presidente da comissão, vereador Cecílio Araújo (PT).
Os trabalhos da CPI haviam sido finalizados em setembro do ano passado. No relatório final, a comissão apontou diversas irregularidades em contrato firmado entre o município e o instituto pediu a devolução de quase R$ 2 milhões e punições ao prefeito e outros agentes públicos. "Apesar do impasse judicial, continuamos com a mesma posição. Vamos ouvir o prefeito e tentar finalizar a investigação retomada em 30 dias."
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Procurado pelo Bonde, o prefeito de Cambé negou que vai prestar depoimento à CPI nesta quarta-feira. "A comissão foi extinta a partir do momento que finalizou o relatório final. Como o documento foi anulado pela Justiça, não há a possibilidade de reabertura dos trabalhos", destacou.
Pavinato relacionou o ressurgimento da comissão às eleições municipais. "Sou candidato à reeleição e a oposição está agindo de má fé para me difamar junto ao eleitorado. Sempre me submeti ao parlamento, mas não vou engolir isso."
Para que a Câmara volte a investigar o caso, de acordo com o prefeito, os vereadores precisam votar pela abertura de uma nova comissão.
(Atualizado às 20h15)