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Golpe de Estado

Ato na Paulista mostra Bolsonaro acuado e com medo, mas não freiam investigações

José Marcos Lopes - Especial para a Folha
04 mar 2024 às 09:15
- Paulo Pinto/Agência Brasil
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A manifestação na Avenida Paulista, no último domingo (25), mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acuado e com medo de ser preso, mas não deverá mudar o rumo das investigações da suposta tentativa de golpe de Estado no País. 


Para analistas ouvidas pela FOLHA, o ato foi uma tentativa da direita de demonstrar força diante do STF (Supremo Tribunal Federal) e de lançar a ideia de anistia para investigados e condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 – o que poderia beneficiar o próprio Bolsonaro.

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Foi o primeiro grande ato de partidários do ex-presidente desde o 8 de janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram depredados em Brasília. 

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Segundo a Secretaria da Segurança de São Paulo, a manifestação teve a presença de 600 mil pessoas, número que foi contestado pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP (Universidade de São Paulo), que indicou cerca de 185 mil participantes a partir de imagens analisadas por um software. 

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Quatro governadores participaram: Jorginho Mello (PL-SC), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).


Doutora em Direito e professora da Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), Amélia Sampaio Rossi avalia que, ao fazer sua demonstração de força, Bolsonaro depôs contra si mesmo. 

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“Depôs contra ele mesmo quando fez menção à ideia de estado de sítio e à existência da minuta (do golpe). É uma contradição, porque quando chamado a depor ele usou seu direito constitucional ao silêncio. Um direito que ele, quando parlamentar, achava inadequado. Tem vídeo dele dizendo que quem usa o direito ao silêncio devia ir para o pau-de-arara." 


Para a cientista política Juliana Fratini, a estratégia do ato foi pautar o tema da liberdade como forma de crítica às ações do STF nos processos após o 8 de janeiro de 2023. 

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“Não acredito que a estratégia de convocação tenha sido especificamente dele, mas sim das forças políticas e econômicas que o apoiam. O propósito maior foi pautar a liberdade, sendo essa liberdade um sentimento contrário às ações do STF, o antipetismo e o direito à livre manifestação contra algumas instituições.” 


ANISTIA

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Em seu discurso, Bolsonaro pediu anistia para os participantes dos atos de 8 de janeiro, reforçando o que prevê um projeto de lei apresentado pelo senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS).


“A anistia só pode acontecer em relação a determinados crimes cometidos. Um projeto de lei é algo absurdo”, afirma Amélia Sampaio Rossi, da PUCPR. Ela lembra que em 2010 o Brasil chegou a ser condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por causa da Lei da Anistia de 1979, que impediu a investigação de crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985). “Não fizemos a chamada justiça de transição de maneira adequada.”


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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Ato na Paulista mostra Bolsonaro acuado, mas não freiam investigações
Análise sobre a manifestação na Avenida Paulista, que mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro acuado e tentando anistiar os investigados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
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