Quatro auditores fiscais que tiveram os mandados de prisão expedidos pela quarta fase da Operação Publicano, na última semana, continuam foragidos. Outros 43 suspeitos foram presos pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) entre quinta (3) e sexta-feira (4). "Ainda não há informações sobre o paradeiro deles, mas continuamos com as buscas", contou o delegado do Gaeco, Alan Flore, em entrevista ao Bonde nesta segunda-feira (7).
Ele confirmou, ainda, que deve ouvir mais suspeitos durante todo o dia de hoje. "Tanto os que foram presos como os que serão encaminhados ao Ministério Público por meio das conduções coercitivas", destacou.
Mais de 50 empresários devem ser ouvidos pelo Gaeco nos próximos dias. Flore também não descartou solicitar pedidos de novas prisões durante a coleta das oitivas. "Vamos avaliar e conveniência disso. Durante a fase de investigação, qualquer medida cautelar pode ser pedida e a qualquer momento", frisou.
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A Publicano 4 investiga fatos supostamente criminosos registrados entre 2008 e 2014, e que foram inicialmente 'descobertos' pelo MP em um pendrive apreendido com o auditor Luiz Antônio de Souza, delator do esquema de corrupção. Segundo as investigações, as irregularidades são recebimento de propina para a liberação de créditos devidos e a falta de fiscalização adequada, em que os fiscais deixavam de autuar ou emitiam autos simbólicos de pequeno valor contra as empresas envolvidas, suspeitas de pagar propina, dando a elas "quitação fiscal".
Com a quarta etapa da operação, foram cumpridos 52 mandados de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão. Também foi pedido o bloqueio de bens e conta bancárias de 19 pessoas.
Na Publicano 4, o Gaeco visitou sedes da Receita, escritórios de advocacia e residências dos suspeitos em Londrina, Arapongas, Bela Vista do Paraíso, Cambé e Curitiba.