A Justiça Federal autorizou a prorrogação do inquérito que investiga a negociação, por integrantes do PT, de um dossiê que ligaria políticos do PSDB à compra superfaturada de ambulâncias por meio de recursos do Orçamento Geral da União. As informações são da Agência Brasil.
O inquérito foi avaliado pelo procurador Mário Lúcio Avelar, que recomendou a prorrogação de 30 dias para as investigações e pediu que investigasse outros encontros de Freud Godoy, ex-assessor da Presidência. O inquérito segue para a Justiça, que deve acatar a prorrogação e enviar a investigação para a PF. Nos próximos dias, o inquérito deve ser devolvido à Polícia Federal (PF).
Segundo ele, a PF investiga algumas pessoas que poderiam estar sendo usadas nos saques dos US$1,7 milhão que seriam usados para a compra do documento. A polícia ainda não sabe se são "laranjas" (pessoas que emprestam seus nomes para atividades ilícitas) ou se são vítimas, ou seja, pessoas que teriam seus nomes usados sem o próprio conhecimento. Outra hipótese é que os dólares terem sido comprados com documentos falsos.
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As investigações estão cercadas de cuidado porque o recente vazamento de informações sobre corretoras e casas de câmbio da Baixada Fluminense que estariam envolvidas no caso tem prejudicado as investigações. O delegado adiantou que novas ações estão previstas para esta semana, mas não especificou se são diligências ou bucas e apreensões.
Azevedo também informou que não há depoimentos marcados para esta semana, embora não tenha descartado a possibilidade de a PF tomar o depoimento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho. "Há, ainda, a possibilidade de novas quebras de sigilo bancário, se assim o relatório indicar", acrescentou.
Segundo ele, são muitas as operações bancárias mostradas nas quebras de sigilo bancário. Ele exemplificou citando a quebra de sigilo uma pessoa jurídica, que resultou na análise de mais de 200 mil movimentações financeiras.