O PSDB votará pela cassação do presidente do senado, Renan Calheiros (PSDB-AL). A decisão foi tomada durante reunião da bancada nesta terça-feira (11). Nesta quarta será votada no plenário da casa a cassação do mandato de Calheiros por quebra de decoro parlamentar por suspeitas de que ele teve contas pessoais pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior.
De acordo com o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), "os senadores darão à votação os 12 votos solicitados pela cassação do mandato e, portanto pela consagração do relatório assinado pelos senadores [Renato] Casagrande (PSB-ES) e pela nossa companheira Marisa Serrano (PSDB-MS)".
Sobre a votação, ele disse que a bancada fechou a questão sobre a votação secreta. "O PSDB teve a ousadia, pela extrema confiança que tem em seus senadores, de fechar a questão na votação secreta", disse.
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Virgílio disse que essa decisão não foi tomada de maneira "fácil", nem "sorridente". "Tivemos que optar entre o senador Renan Calheiros e a instituição. Entre um colega, que há pouco tempo atrás se elegeu para a presidência do Senado, e a democracia brasileira que depende de um Senado prestigioso e um Congresso respeitoso", afirmou.
O presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), explicou que apenas um senador foi liberado pela bancada - João Tenório (AL). "Ele tem vínculos pessoais [com Renan Calheiros] e é o único caso que nós deixamos à vontade para ele tomar uma decisão de cunho pessoal de acordo com sua consciência", disse.
Questionado se ele acreditava que Calheiros será cassado, Jereissati disse que a cassação será decidida pelos votos do PT. "A situação de se cassa ou não cassa, a diferença será feita em cima dos votos do PT. O PT foi até hoje quem segurou o presidente Renan", disse.
Ele acrescentou ainda que não tem dúvida de que "o governo estava trabalhando pelo Renan até agora de uma maneira bastante forte". Sobre a sucessão, Jereissati disse que o partido ainda não fechou questão em relação a isso.