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Marco Zero ou Jardim Botânico

Barbosa sobre Teatro: "Não vejo motivo de tanta polêmica"

Marco Feltrin - Redação Bonde
06 jul 2009 às 16:41

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O prefeito de Londrina, Barbosa Neto, concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, após retornar de viagem à Europa. Entre os assuntos mais polêmicos, a tarifa do transporte coletivo, a mudança de local do teatro municipal e a possibilidade de Antonio Belinati voltar ao cargo de prefeito em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).


Sobre a polêmica da mudança do Teatro Municipal do Marco Zero para o Jardim Botânico, Barbosa tentou colocar panos quentes. Ele disse estar em defesa do interesse público e quer ouvir dos empresários quais as contrapartidas que a cidade terá com a instalação do teatro, já que o Marco Zero tem passivos ambientais e problemas de estrutura de acesso.

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"Eu não estou defendendo Teatro Municipal no Marco Zero, no Jardim Botânico ou em qualquer outro lugar. Estou defendendo o interesse publico. Você vai alavancar um empreendimento comercial e não vai ter nenhuma contrapartida para o município? Eu me preocupo com a elitização da atividade cultural, o acesso, o estacionamento, a cobrança de valores para entrada no teatro", exemplificou. "O teatro é muito importante para a cidade, vai sair. Não vejo motivo de tanta polêmica nisso tudo".

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Sobre a tarifa do transporte coletivo, o prefeito afirmou que a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização espera receber o relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para definir o que pode ser feito em relação a um possível aumento ou redução do valor. O relatório garante que o valor "ideal" para a cidade é de R$ 1,99.

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"Espero que a Câmara nos envie este relatório o mais rapidamente possível. Sabemos que estes números estão tirando 430 empregos da nossa cidade. Você pode fazer uma tarifa de R$ 1,60, mas vai afetar negativamente mais de 1,5 mil pessoas. Seria o mesmo que fechar uma grande empresa da cidade. Nós queremos a discussão clara. Não queremos greve, paralisação, nem baixa na qualidade do transporte", disse Barbosa, que citou o exemplo do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), para mostrar o quanto um aumento de tarifa pode trazer prejuízo político.



Ao final da coletiva, Barbosa foi questionado sobre a investigação do Ministério Público a respeito de funcionários fantasmas que estariam recebendo sem trabalhar em seu gabinete na Assembleia Legislativa. "Desde 2003 que existe esse processo. Já fui ouvido há mais de 1 ano e meio atras. Há muita munição sendo gasta em relação a um fato que não tem relevância", alegou.

Belinati
Enquanto Barbosa estava em viagem pela Europa, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o agravo de instrumento de Antonio Belinati (PP), que teve a candidatura cassada logo após a realização do segundo turno, em outubro de 2008. O atual prefeito disse que irá respeitar a decisão da Justiça sobre o caso. "Não tenho apego a nenhum cargo público. Saio de cabeça erguida a hora que a Justiça determinar. Estou aqui para cumprir meu papel e vou cumprir como sempre fiz na minha vida. Estou com a minha cabeça tranquila. Se amanhã tiver que sair, vou sair de cabeça erguida".


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