Após o PDT anunciar que pretende entrar como parte no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o cargo de prefeito de Londrina para Barbosa Neto, o deputado estadual Antonio Belinati (PP) disparou contra a atual administração.
A primeira coisa que Belinati disse foi que "quem está por trás desta tentativa de me impedir de tomar posse chama-se Homero Barbosa Neto". O deputado está, de certa forma, desmentindo as declarações de membros do PDT de que o prefeito sequer foi informado do recurso apresentado ao STF. Seria uma decisão exclusiva do partido.
O partido, em petição do Supremo, pede para ser parte no Recurso Especial de Belinati, no qual o ex-prefeito tenta revogar decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impugnou seu registro de candidatura após ele ter obtido maioria dos votos no segundo turno das eleições municipais em outubro de 2008.
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"Essas pessoas que assinam o recurso trabalham para o Barbosa Neto, são assessores do Barbosa Neto; por isso, o que queremos deixar claro é que quem esta por trás de tudo é o atual prefeito de Londrina", declarou Belinati esta manhã à Rádio Paiquerê AM. O deputado se refere a Roberto Coutinho Mendes, tesoureiro do PDT, e a Gervásio Vieria, presidente do diretório local do partido.
Em tom de ironia, Belinati citou as entrevistas que Barbosa deu durante a campanha de "terceiro turno", dizendo que o "legítimo prefeito de Londrina era Antonio Belinati". "Eu ouvia o Barbosa Neto dizer, com aquela voz macia, todo dengoso, que o prefeito legítimo de Londrina era Antonio Belinati", declarou. "Ele é esperto, pois sabia que se tivesse dito que faria de tudo para impedir nossa vitória no Supremo, a maioria dos nossos simpatizantes não votaria nele pra prefeito e, provavelmente, ele seria derrotado pelo Hauly. (Luiz Carlos Hauly)".
Outras críticas
O deputado também aproveitou as declarações à Rádio Paiquerê para fazer outras críticas ao governo de Barbosa. "Muita gente também não teria votado nele se ele tivesse dito na campanha de terceiro turno que sua primeira medida de governo seria aumentar o valor da tarifa do ônibus, que iria perseguir trabalhadores que vendem lanches no terminal, que não devolveria o dinheiro descontado irregularmente dos servidores (durante a greve de 2006)", disparou.