O vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, está prestes a deixar o PTB para assinar ficha no PSB, atitude que pode fechar as portas do partido para o senador Alvaro Dias (PSDB). O comprisso de Richa foi praticamente acertado nesta semana, após uma conversa com o presidente nacional do PSB, Miguel Arraes. O vice-prefeito pediu apenas mais umas semanas para anunciar oficialmente a mudança e marcar a data para assinar a ficha.
Richa disse que quer aproveitar sua viagem para a Europa, junto com a comitiva da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) para pensar. Durante o "tour" pelas fazendas européias, ele pretende se aconselhar com outros parlamentares e até tentar convencê-los a seguir o mesmo caminho. Um dos conselheiros será o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PTB), que também havia manifestado interesse de trocar de partido, meses atrás.
Richa ainda se sente inseguro para falar sobre a mudança, mas, por assessores, declarou que "a entrada no PSB é como um noivado que deve acabar em casamento". O assédio do PSB sobre Richa começou há cerca de um ano, segundo o presidente regional do partido Severino Nunes de Araújo. Mas as negociações se intensificaram nas últimas semanas.
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Aliado ao grupo do governador Jaime Lerner (PFL) e integrante da equipe de Cassio Taniguchi (PFL) na prefeitura, Beto Richa teria a missão de entrar no PSB para inviabilizar o partido para Alvaro. O senador poderá precisar de abrigo em uma nova legenda caso confirme sua expulsão do PSDB.
Alvaro procurou o PSB, quando se sentiu ameaçado pelo diretório nacional do PSDB. "O Alvaro Dias veio conversar conosco depois. Já tínhamos um compromisso prévio com o Richa", afirmou Severino Nunes de Araújo. Ele lembrou ainda que tem uma amizade antiga com o pai do vice-prefeito, o ex-governador José Richa. Araújo foi assessor da Secretaria de Justiça quando Richa era governador.