A Câmara Municipal de Londrina rejeitou a abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a concessão de alvarás no empreendimento Marco Zero, na zona leste de Londrina. Dez vereadores votaram pelo arquivamento do requerimento e sete se manifestaram pela abertura da investigação.
O vereador Jamil Janene (PP), autor do requerimento, classificou o caso do Marco Zero como "o maior escândalo desde 2001" em Londrina devido ao terreno avaliado na zona leste em R$ 45 milhões. Para Janene, a CEI deveria ser aberta na Câmara para apoiar o Executivo e o Ministério Público que estão investigando o processo de implantação do Marco Zero.
O vereador Vilson Bittencourt (PSL) comparou a CEI ao "tiro de canhão para matar uma pomba" já que outras investigações e a própria Câmara apura o caso. "A investigação também pode manchar mais uma vez a cidade e atrapalhar a atração de investimentos", acrescentou.
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Presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, vereadora Elza Correia, (PMDB) informou que a comissão permanente está realizando uma "investigação profunda" sobre irregularidades em obras de Londrina. "Recebemos relatórios, documentos e já encaminhamos pedidos de informações ao Executivo. Muitas obras estão irregulares em Londrina. A cidade não se resume apenas ao Marco Zero", declarou.
Além disso, ela afirmou que a comissão também vai discutir o problema da falta do Habite-se após a autorização do início das obras. "Não estamos indiferentes ao problema. O trabalho da comissão permanente não pode ser desqualificado", argumentou.
A vereador Sandra Graça (Solidariedade) também lembrou que a Casa acompanha a questão envolvendo a doação da área verde do Marco Zero. De acordo com ela, um laudo final deve ser apresentado em abril.