Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Eleições 2014

Campanha de Eduardo Campos busca voto do 'petista arrependido'

Agência Estado
24 jul 2014 às 17:22

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O coordenador da área de internet e redes sociais da campanha do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e de sua vice Marina Silva, Caio Túlio Costa, disse que o público alvo da campanha nas redes sociais é o "petista arrependido", não o "antipetista radical". Em palestra no 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado na capital paulista, nesta quinta-feira, 24, Costa afirmou que a campanha não consegue fugir de discursos genéricos, pois tem de falar com diversos públicos na internet, mas que é possível "modular" as mensagens para atingir públicos prioritários como o "petista arrependido", os jovens e os evangélicos.

"Não tem muito como fugir do risco de generalizar (o discurso), mas não quer dizer também que você não pode modular", disse na palestra que acabou se tornando uma coletiva de imprensa. Xico Graziano, coordenador de redes sociais da campanha do candidato tucano Aécio Neves, avisou pouco minutos antes que não poderia participar da palestra, como planejado. O ex-ministro Franklin Martins, que coordena a área na campanha petista de Dilma Rousseff, não apareceu.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Costa preferiu não detalhar a estratégia de como "modular" o discurso nas redes e quais canais usar para atingir determinados públicos. Ele defendeu apenas que existem ferramentas para atingir o "petista arrependido", já que o "antipetista radical" naturalmente tende a votar no candidato do PSDB. Ao lado de Marina e do discurso da "nova política' defendido por ela, Campos tenta fugir da polarização entre PT e PSDB. Jovens e evangélicos são públicos com os quais Marina tem uma interação já desde a campanha de 2010 - campanha esta da qual Caio Túlio Costa já havia participado na área de mídias sociais.

Leia mais:

Imagem de destaque
Mulher ficou ferida

Casa de autor de atentado em Brasília é incendiada em SC; ex-companheira é a suspeita

Imagem de destaque

TCE barra programa de terceirização das escolas de Ratinho Junior

Imagem de destaque
Soltou o verbo

Janja chama autor de atentado em Brasília de 'bestão' e xinga Elon Musk no G20 Social

Imagem de destaque
Busca de um mundo mais democrático

Lula defende 'pilar social' e jornada de trabalho equilibrada no G20


Segundo o coordenador, há um potencial muito importante das redes na campanha de 2014. Ele citou um artigo que ele publicou sobre a campanha de Marina em 2010 que mostrou que, dos 19 milhões de votos que a candidata obteve no primeiro turno, 12,5 milhões foram conquistados com ajuda da internet. "Neste ano, dá pra gente falar com ainda mais gente", disse ao estimar que em 2010 havia cerca de 50 milhões de internautas contra aproximadamente 100 milhões hoje.

Publicidade


Costa estima ainda que praticamente a metade do eleitorado brasileiro está conectado e isso sem levar em conta os internautas mirins, crianças que podem conversar com pais e avós sobre política. Para uma campanha, como a de Eduardo e Marina, em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e com pouco tempo de rádio e televisão, Costa avalia que a internet tem papel ainda mais central. "Investe-se primordialmente em internet para de alguma forma compensar o tempo que você não tem de televisão."


Na palestra a jornalistas e a estudantes de jornalismo, Costa explicou que a campanha nas redes funciona basicamente com três ferramentas principais: os sites oficiais, que são como uma "casa" com as informações mais gerais; as redes sociais, com os perfis dos candidatos que permitem a interação mais "informal"; e a frente de arrecadação de fundos, que permite disseminar a fonte de recursos de uma campanha para pessoas físicas, mas que é ainda muito incipiente no Brasil. Questionado sobre o pouco alcance dessa ferramenta na campanha de Marina em 2010 e atualmente na campanha dela com Eduardo Campos, Costa atribuiu a uma "questão cultural" que deve ser tratada com cuidado no Brasil. Mas defendeu ser sim um caminho a ser explorado e com potencial de crescimento.

Publicidade


Descentralização. Caio Túlio Costa disse que a equipe de redes sociais da campanha pessebista tem trabalhado com os conceitos de descentralização e informalidade de discurso. Segundo ele, a buscada interação "informal" permite que o discurso se dissemine na rede, por exemplo, através de pessoas que interagem no Twitter com seguidores e acabam atingindo seguidores de seguidores de seguidores. "Isso já vira comunicação de massa, é isso que a gente quer."


Costa foi questionado se tal descentralização não pode acarretar mais erros de estratégia nas redes sociais, como no caso em que Campos publicou uma foto em um jatinho vindo para São Paulo quando ocorria uma greve da PM que gerou caos em Recife e acabou retirando a foto do ar para evitar as interações críticas. O coordenador se defendeu dizendo que não estava à frente da estratégia digital na época, mas que prefere esse risco a centralizar o comando. "Prefiro continuar dessa forma que tentar controlar de forma ditatorial um ambiente que não é controlável", afirmou.

Publicidade


No rotina operacional, Costa relatou que existem diretrizes de posicionamento nas redes mas que a palavra final é sempre dos candidatos. "Eduardo dita, Marina dita, a gente escreve, propõe, eles mudam, mas a palavra final é sempre deles", disse. "Não é uma coisa fácil de gerenciar no dia a dia, mas nossa vontade é de ter um contato mais informal com os internautas."


De acordo com o coordenador, o seu núcleo conta atualmente com 30 pessoas em São Paulo e outras 20 no Recife - Eduardo Campos foi governador de Pernambuco nos últimos 7 anos e meio. Perguntado, ele não abriu o orçamento para a campanha nas redes nem aceitou fazer um comparativo com o orçamento destinado a peças de rádio e TV.


Costa disse que o seu time trabalha com duas frentes, a de alimentar as pessoas que já militam pelos candidatos e novos potenciais eleitores. Apesar de as redes servirem em momentos de crise ou para rebater denúncias e boatos, o coordenado diz que o objetivo é trabalhar proativamente. Ele citou exemplos recentes de iniciativas já usadas na campanha de 2010, que foram repaginadas e recentemente lançadas nas plataformas digitais de Campos e Marina.

Uma delas é um aplicativo para que usuários "doem" posts em seus perfis para a campanha, liberando a campanha para postar nos perfis dessas pessoas e atingir seus seguidores, e o outro é um aplicativo para que cada usuário possa colocar em seu perfil um "badge" da campanha, que é uma faixa, como um banner digital, que coloca o logo da campanha na foto de perfil de cada um. Nos próximos dias, Costa disse que será lançada uma novidade para as redes. "Será uma bomba", brincou, mas não revelou detalhes.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo