O vereador Mauro Bertoli (Democracia Cristã), do município de Apucarana, foi condenado a cinco anos, dois meses e três dias de reclusão em regime inicial semiaberto por armazenar e compartilhar imagens pornográficas com crianças e adolescentes. Ele foi denunciado pela 6ª Promotoria de Justiça de Apucarana.
Bertoli poderá recorrer em liberdade. O parlamentar é o 2° secretário do Legislativo de Apucarana e concorre à reeleição - este é o sétimo pleito ao qual se submete.
Os crimes, segundo a denúncia do MPPR (Ministério Público do Paraná), teriam ocorrido entre 15 de julho de 2018 e 30 de novembro de 2020 – nesta data, o telefone celular do réu foi apreendido durante uma investigação de possível crime eleitoral. A perícia realizada no aparelho constatou a existência de 40 arquivos com vídeos e fotos de sexo explícito e pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Por pelo menos três vezes, de acordo com a perícia, ele teria compartilhado essas imagens.
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A reportagem tentou contato com Bertoli por ligação telefônica e por aplicativo de troca de mensagens, mas, até o momento, não obteve retorno. Ao TNOnline, o parlamentar disse que vai recorrer da decisão e negou envolvimento com qualquer material de pornografia com menores.
Procurada, a Câmara Municipal afirmou que “não foi comunicada oficialmente da sentença, tomando conhecimento apenas por publicações feitas pelo sítio eletrônico do MPPR e pela própria imprensa”. “Diante desta circunstância se preserva e aguarda eventual comunicação oficial sobre o caso”, completa.
Câmara arquivou inquérito
À época em que o material ilegal foi encontrado, em 2020, o MPPR encaminhou para a Câmara de Vereadores de Apucarana as provas que indicavam o crime. Entretanto, o pedido de abertura de comissão de inquérito foi arquivado.
O setor jurídico da Câmara informou que "houve arquivamento do pedido de abertura de Comissão, considerando que já havia procedimento judicial tramitando".
Na ocasião, Bertoli era vice-presidente do Legislativo e líder do governo. Um áudio vazado indicou uma suposta tentativa do prefeito Júnior da Fermac (PSD) de barrar a apuração na Câmara. Júnior defendeu-se dizendo que apenas sugeriu a um vereador que deveriam aguardar a apuração da Justiça.