O esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava Jato no ano passado concorre ao um prêmio internacional: a do maior escândalo de corrupção do mundo. A partir desta quarta-feira, 9, a entidade Transparência Internacional - que serve de referência ao combate à corrupção no mundo - abre uma votação para escolher o caso mais simbólico.
A votação vai até o dia 9 de fevereiro. Mas a concorrência é forte. Na corrida está o caso do Banco Espírito Santo, de Portugal, Zine Al Abidine Ben Ali, o ex-presidente da Tunísia, a Fifa, o ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli, o ex-líder do Egito Hosni Mubarak, o comércio de pedras preciosas em Myanmar, a situação de Teodoro Obiang ou o ucraniano Viktor Yanukovych.
Alguns dos demais casos também contam com a ampla participação de brasileiros. Na Fifa, diversos brasileiros foram indiciados ou estão sendo investigados pela Justiça dos EUA: Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e João Havelange.
Leia mais:
Reforma da Câmara Municipal de Londrina deverá ser entregue somente em 2025
ONU aprova conferência para discutir criação de Estado palestino
Argentina anuncia reforma migratória que pode afetar brasileiros no país
Vereadores de Londrina apresentam seis emendas ao orçamento do Município
No caso do Panamá, a suspeita é do envolvimento da Odebrecht no pagamento de propinas.
A votação faz parte da campanha "Desmascarar a Corrupção" para alertar para os casos mais simbólicos. "São exemplos de abuso de poder que beneficiam poucos às custas de muitos", alertou a entidade com sede em Berlim. "Milhões são afetados pelo mundo", insistiu.
Ao lançar a campanha, um dos líderes do Transparência Internacional , Jose Ugaz, apontou que a opinião pública é importante para parar essa 'doença'. O caso Petrobras foi escolhido entre 383 casos propostos para a eleição. Na fase final, apenas 15 foram selecionados.