O delegado do Gaeco, Alan Flore, concluiu o inquérito sobre o esquema de suborno e compra de votos na Câmara de Vereadores de Londrina, que resultou na prisão de membros ligados ao prefeito Barbosa Neto, além de um empresário e do vereador Eloir Valença.
O ex-secretário de Governo Marco Cito, o empresário Ludovico Bonato, o diretor da sercomtel Alysson Tobias de Carvalho, o vereador Eloir Valença e o chefe de gabinete de Barbosa, Rogério Ortega, foram indiciados por formação de quadrilha.
Enquanto os aliados do prefeito também foram indiciados por corrupção ativa, o vereador Eloir Valença responderá por corrupção passiva, já que, segundo as investigações do Gaeco, teria acertado financiamento de campanha em troca de apoio.
Leia mais:
Eleições 2024: Segundo turno tem viradas em 12 cidades no país
Kamala tem 50%, ante 49% de Trump, a 8 dias do pleito; ambos seguem tecnicamente empatados
Após derrota de sucessora, Marcelo Belinati ameniza o tom e avalia: 'Democracia é isso'
Prazo para justificar ausência no segundo turno termina em 7 de janeiro
Flore adiantou que as prisões temporárias de Carvalho, Ortega e Eloir podem ser convertidas em preventivas com o mesmo argumento que levou à detenção de Cito e Bonato.
Ele explicou que o grupo estava disposto a conquistar o apoio político e ofereceu vantagens ao denunciante, vereador Amauri Cardoso, assim como ocorreu com Eloir Valença.
Flore lembrou que o monitoramento do grupo foi realizado com autorização judicial e que ficou claro que Bonato era o responsável por fazer a entrega do dinheiro, a mando de Cito, que tinha uma posição de liderança.
Ainda de acordo com o delegado do Gaeco, Ortega e Carvalho não foram presos em flagrante no último dia 24, pois não estavam nas residências deles e não foram encontrados após a prisão de Cito e Bonato.
Durante a entrevista coletiva, Flore deu detalhes do esquema que liga os quatros indiciados por corrupção ativa. "Antes de entregar os valores ao Amauri Cardoso, Ludovico Bonato passou pelo estacionamento da prefeitura e se encontrou com Marco Cito. Ali estabeleceu contato com o Rogério para saber dos valores que seriam entregues. Foi orientado a aguardar que uma pessoa truxesse o dinheiro. Essa pessoa era Alysson, que chegou ao local e repassou os valores ao Marco Cito que repassou ao Bonato para efetuar o pagamento", informou.
Investigação continua
A origem dos R$ 20 mil entregue para o vereador não foi esclarecida. Além disso, Flore disse que novos inquéritos podem ser abertos para apurar a compra de votos em projetos importantes, citados durante as gravações, como da Muralha e da Unopar.