Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Impeachment

Ciro Gomes acusa Temer de ser 'capitão do golpe' contra Dilma

Agência Brasil
06 dez 2015 às 18:14

Compartilhar notícia

- Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) acusou, neste domingo (6), o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) de ser o "capitão do golpe" do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, deflagrado na semana passada na Câmara dos Deputados. A acusação foi feita durante entrevista coletiva no Palácio dos Leões, sede do governo maranhense, em que Gomes, ao lado do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do governador do Maranhão, Flávio Dino, saiu em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.

"Perguntem qual é a opinião do Michel Temer, vice-presidente da República, sobre o fato de seu companheiro, amigo, parceiro, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter contas na Suíça, ser denunciado por crime de formação de quadrilha, de roubo do dinheiro público. Ele não tem uma opinião. Por quê? Porque é íntimo parceiro. E não por acaso o beneficiário imediato dessa ruptura da democracia e dessa imensa e potencial crise para 20 anos. É ele mesmo o senhor Michel Temer, o capitão do golpe", afirmou Gomes.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula afirmou que o processo de impeachment tem sido tocado por um "grupo de mafiosos" que estão se utilizando de "protocolos formais" para derrubar a democracia brasileira. Para ele, o "golpe" não tem sido orquestrado apenas pelo PMDB, mas por grupos internacionais de interesses conservadores e reacionários que "cobiçam o petróleo brasileiro". Nesse contexto, Ciro defendeu que é preciso "engolir" os "abusos" do governo atual, em nome da preservação da democracia.

Leia mais:

Imagem de destaque
Comum em pequenas cidades

Entenda como funciona a fraude de transferência em massa de títulos de eleitor entre cidades

Imagem de destaque
Saiba mais

Lei de IA é aprovada no Senado com previsão de remuneração de direitos autorais

Imagem de destaque
Plano Diretor

Ministério Público recomenda alterações no Parcelamento do Solo em Londrina

Imagem de destaque
Já foi acusado de corrupção

Ademar Traiano antecipa votação e é eleito presidente da CCJ da Alep


"Três anos de um governo que a gente não gosta passam num piscar de olhos", afirmou. "Mas isso nos aponta para segunda grande tarefa: exigir, pedir, suplicar que a presidenta Dilma se reconcilie com valores e grupos sociais que lhe deram a vitória. Porque a sensação grave hoje entre nós é de que fomos enganados. A sociedade esperava uma coisa, ouviu dela uma proposta, e temos a sensação de que estamos recebendo exatamente o oposto", emendou.

Publicidade


Na coletiva, o presidente nacional do PDT lançou a pré-candidatura de Ciro à Presidência da República em 2018. Lupi afirmou que o ex-ministro é o político "mais preparado" e "mais habilitado" para a função. O dirigente fez questão de ressaltar que o lançamento da candidatura não é uma "oportunidade eleitoral". Prova disso, ressaltou, foi a defesa que ele, Ciro e Dino fizeram contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff durante a entrevista. "Não estamos defendendo a presidente Dilma por conveniência", ponderou.


Ciro Gomes não comentou o lançamento da pré-candidatura durante a coletiva de imprensa. Em entrevistas recentes, contudo, o ex-ministro já tinha dado sinais de que quer ser candidato à sucessão da presidente Dilma Rousseff em 2018. Caso a candidatura se confirme, será a terceira vez que Gomes disputa o comando do Palácio do Planalto. Ele foi candidato à presidente da República em 1998 e 2002, terminando em terceiro e quarto lugar na disputa, respectivamente.

Publicidade


Prova


Na entrevista deste domingo, Flávio Dino destacou que a instauração do processo de impedimento de Dilma é "golpe", pois não tem base constitucional. Ele lembrou que as chamadas "pedaladas fiscais" foram cometidas em 2014, no primeiro mandato da presidente e que sequer ainda foram julgadas pelo Congresso Nacional. O governador lembrou ainda que, ao aprovar o Projeto de Lei do Congresso (PLN) que alterou a meta fiscal, os parlamentares deram "prova" de que não querem o impeachment e mostraram que há espaço para diálogo sobre o assunto.

Publicidade


O presidente nacional do PDT, por sua vez, afirmou que o processo de afastamento de Dilma é uma tentativa de rasgar a Constituição de 1988. Para ele, Eduardo Cunha não tem legitimidade para deflagrar o processo, por ser alvo de investigação por envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobras e por ter contas não declaradas na Suíça. Para Lupi, apesar de o País passar atualmente por uma situação "grave", o "ódio não pode ser maior do que o Brasil".


Processo

O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi deflagrado na última quarta-feira pelo presidente da Câmara. No parecer, o peemedebista usa como base para autorizar o processo as "pedaladas fiscais" e a abertura de créditos suplementares em 2015 sem autorização do Congresso, que, segundo ele, ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nesta segunda-feira, 7, deputados deverão eleger os 65 membros da comissão que dará parecer sobre o processo na Câmara.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo