O clima de tensão aumentou na tarde desta quinta-feira (24) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Manifestantes contrários às reformas e pela renúncia do presidente Michel Temer colocaram fogo no prédio do Ministério da Agricultura. Carros do Corpo de Bombeiros, Samu e caminhão pipa já estão no local para controlar a situação. Enquanto bombeiros se aproximam, manifestantes jogam pedaços de pau e uma pessoa se feriu no rosto.
Alguns manifestantes jogaram pedras e paus no vidro do prédio do Ministério do Planejamento e acenderam duas grandes fogueiras com restos de bandeiras e papelão. A Polícia se dirigiu para o local e joga bombas para afastar os manifestantes.
A área entre os ministérios da Justiça, dos Transportes e de Minas e Energia virou um campo de batalha entre a Polícia Militar e manifestantes. A polícia começou a soltar bombas e perseguir manifestantes que participam da marcha das centrais sindicais contra as reformas e pela renúncia do presidente Michel Temer.
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É justamente no gramado em frente a esses ministérios que estão os carros de som do movimento. Os locutores que estão nos carros pedem que a polícia pare de atirar bombas, mas os artefatos continuam sendo disparados. Nos prédios, os servidores públicos já estão sofrendo com o odor do gás das bombas que estão sendo lançadas. O Ministério da Fazenda foi há pouco esvaziado, após tentativa de invasão.
As várias confusões que ocorrem na manifestação na Esplanada começaram, mais cedo, a partir do momento em que a polícia começou a evitar, com bombas, o acesso de manifestantes nas áreas mais próximas dos prédios dos ministérios.
Há confronto entre policiais e manifestantes em alguns pontos, mas a polícia lança bombas a distância desde o início, independentemente de haver ataques dos manifestantes, como intimidação e repressão. Isso ocorreu mais cedo, por exemplo, próximo ao Ministério da Fazenda e tem ocorrido no gramado central da Esplanada.
Enquanto isso, os discursos dos organizadores nos carros de som têm oscilado entre palavras de ordem contra o presidente Michel Temer, pedidos de calma aos manifestantes, mas também apelos para que eles resistam às investidas da polícia. O clima é tenso de um lado e de outro.