A Assembleia Legislativa aprovou, durante a sessão desta quarta-feira (10), o projeto de reajuste salarial do funcionalismo estadual para os próximos três anos. A proposta foi aprovada por 30 votos a 16. A intenção do presidente do Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), é que a matéria seja aprovada, em definitivo, até o início da próxima semana. O segundo turno da matéria ocorre durante a sessão desta quinta-feira (11), e o terceiro na sessão da próxima segunda (15).
A sessão desta quarta foi marcada, mais uma vez, por discursos calorosos na tribuna. O líder do governo na Assembleia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) criticou a postura de deputados da oposição que votaram contra o parecer, mesmo tendo participado da mesa de negociações com a APP e o Fórum de Entidades Sindicais, que resultou no acordo que pôs fim à greve dos professores.
"Tem muito cara aqui que não honra as calças que veste. As pessoas têm que ter uma palavra só. Foi feito um acordo público. Depois que o Executivo encerrou a negociação, nós reabrimos a discussão e fomos em busca da solução para sair do impasse", relembrou Romanelli.
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Já o líder da oposição, Tadeu Veneri (PT), se comprometeu a não apresentar emendas que atrasariam a tramitação do projeto. "Houve um entendimento. Se houvesse emendas, seria muito mais de forma política do que efetiva. Não temos como obter 30 votos e aprovar uma emenda que faça o governo pagar os 8,17%".
Veneri e Requião Filho (PMDB), no entanto, questionaram a postura do secretário de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, pela demora em ir à Assembleia apresentar as contas do governo. "Estamos partindo da premissa de que não há recurso. Mas, em três dias, o secretário apresenta valores diferentes. Se não tivermos uma confirmação, todo processo de negociação fica prejudicado com a suspeita de que o governo está maquiando suas contas", afirmou Veneri, questionando a informação de que o estado teria fechado o ano com R$ 854 milhões em caixa.
Romanelli reagiu em seguida. "Só se o governo fosse perverso para deixar de pagar 29 mil professores do PSS tendo dinheiro em caixa. É óbvio que não havia. Se cria uma quase que lenda urbana... Não está sobrando dinheiro, temos um déficit de R$ 2 bilhões".