A CPI do Cachoeira aprovou por unanimidade, em votação simbólica, a convocação da mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, e do jornalista Luiz Carlos Bordoni. Responsável pelas campanhas de rádio do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), desde 1998, Bordoni acusou, em entrevista ao Estado ter recebido recursos de uma empresa de fachada do esquema de Cachoeira para saldar dívidas da campanha de 2010.
Ao todo, a comissão aprovou a convocação de dez pessoas durante a sessão desta quinta-feira, 14. Entre elas, o assessor especial de Perillo, Lúcio Fiúza Gouthier, que teria intermediado o pagamento a Bordoni e também participado da venda da casa do governador, suspeita de ter sido comprada com recursos do esquema de Cachoeira. As datas dos depoimentos ainda serão marcadas.
O colegiado convocou ainda Hilner Ananias, ex-assessor especial de Demóstenes Torres; João Furtado de Mendonça Neto, atual secretário de Segurança Pública de Goiás; Rubmaier Ferreira de Carvalho, contador das supostas empresas de fachada de Cachoeira; Ana Cardozo de Lorenzo, beneficiária de um depósito feito por uma empresa de fachada do grupo; Aredes Correia Pires, ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública de Goiás; Alexandre Milhomem, arquiteto responsável pelo projeto da casa de Marconi Perillo e, por fim, Alcino de Souza, policial civil aposentado que abriu uma empresa que teria sido usada pelo esquema de Cachoeira.
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Protesto. Irritados com a decisão da maioria de não convocar o ex-presidente da Delta Construções Fernando Cavendish e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) Luiz Antonio Pagot, integrantes da oposição ameaçaram deixar a sala da CPI. Deputados e senadores da oposição e os chamados independentes(PSDB, DEM, PDT, Psol e PPS) reuniram-se em um dos cantos da sala e ameaçaram sair em bloco.
Deputados e senadores da oposição e os chamados independentes(PSDB, DEM, PDT, Psol e PPS) reuniram-se em um dos cantos da sala e ameaçaram sair em bloco.